Bloqueio nas estradas no Brasil: vai faltar Big Mac no McDonald’s?

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Bloqueios de estradas do Brasil por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do dia 30 de outubro, causaram transtornos para o abastecimento de diversos estabelecimentos. Uma das companhias impactadas é o McDonald’s, famoso pelos sanduíches Big Mac, Quarteirão e McLanche Feliz.
Se você é assíduo nos hambúrgueres, sorvetes e brindes da rede de fast food, é possível que não consiga exatamente tudo o que sempre encontra nas unidades.

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Segundo a assessoria do McDonald’s, não é possível mensurar os ingredientes que estão mais faltosos por causa da imprevisibilidade dos protestos. A empresa busca normalizar o mais rápido possível o atendimento e prestar seu serviço sem prejuízos ao consumidor.
“O bloqueio nas estradas está prejudicando o abastecimento no comércio em geral, incluindo todo o setor de alimentação. No caso do McDonald’s, informamos que eventualmente podem faltar alguns ingredientes ou até mesmo produtos do cardápio em alguns restaurantes da rede. Estamos fazendo o possível para normalizar o atendimento onde necessário a fim de não gerar transtornos aos consumidores”, diz a companhia.

O McDonald’s tem cerca de 2.600 unidades no Brasil e mais de 40 mil em 119 países do mundo. Em 2021, a matriz informou um faturamento de US$ 112,5 bilhões (R$ 575 bilhões) em todo o mundo, com lucro de US$ 7,54 bilhões (R$ 38,5 bilhões).

Manifestações

Nesta quinta-feira (3/11), a Polícia Rodoviária Federal informou que todas as vias federais estão livres de bloqueios, quando há interrupção total do fluxo da pista. Entretanto, ainda há 24 vias com obstrução parcial em Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Na noite de quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo em suas redes sociais pedindo a seus apoiadores para liberarem as rodovias obstruídas e respeitarem o direito da população de ir e vir.

“Quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias, isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós aqui, essa nossa legitimidade. Proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia”.

Os bolsonaristas não aceitam o resultado das urnas que deram a vitória de Lula sobre Bolsonaro por 50,9% (60,3 milhões) a 49,1% (58,2 milhões) dos votos válidos. Por isso, realizaram interdições e atrapalharam o fluxo do comércio através das rodovias.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda

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