“Ela foi internada com pneumonia, mas ela não conseguia beber e nem comer desde quando deu entrada. Ontem [domingo] ela começou a chorar de dor e defecar sangue”, relatou a atendente de telemarketing Ana Paula Santana, de 27 anos, sobre o estado de saúde da sua mãe, Marisete Souza, 69. Nesta segunda-feira (7), os três filhos e outros familiares da mulher foram para a Paralela para protestar e pedir que ela fosse transferida da Unidade de Pronto Atendimento para um hospital.
“Meu irmão quase foi preso porque ele surtou quando viu minha mãe chorando de dor. Ela tomou um remédio, conseguiu se acalmar, mas ela só iria melhorar se fosse transferida”, disse Ana Paula.
A atendente de telemarketing contou que o médico informou que Marisete precisava ser transferida e que corria risco de vida. Segundo Ana, sua mãe está internada desde o dia 1º de novembro. Depois do protesto, a mulher conseguiu ser transferida.
“Nós fizemos o protesto com cerca de 25 pessoas na entrada do Bairro da Paz, na Paralela. Ficamos lá por três horas”, destacou Ana Paula. Mesmo após ser transferida, o quadro de saúde de Marisete ainda é grave. “Eu espero que ela melhore, mas essa fila da regulação precisa acabar, é uma fila da morte, muitas pessoas morrem esperando”, finalizou.
Procurada, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que “a Central Estadual de Regulação busca a todo momento o recurso que o paciente necessita. Os médicos reguladores verificam diversos parâmetros para que o recurso seja garantido para os pacientes”.
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