Formador de árbitros de futebol, Rildo Góes celebrou a entrada do baiano Luanderson Lima dos Santos aos quadros de arbitragem da Fifa. A cerimônia aconteceu nesta sexta-feira (11), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O novo integrante da entidade internacional é cria da escolinha Divisão de Base de Árbitros de Futebol (Dbaf).
“A felicidade que estamos aqui nesse momento depois de 11 anos para contemplar nossa vitória de um garoto que saiu da nossa comunidade para chegar nesse nível da CBF e agora Fifa”, declarou em entrevista ao Bahia Notícias.
Rildo lembrou de quando descobriu Luanderson. Na época, o garoto tinha 12 para 13 anos e apitava uma partida de futebol numa comunidade carente em Salvador.
“Quando eu vi Luanderson pela primeira vez, bati os olhos. Ele tinha 12 para 13 anos, estava apitando numa comunidade lá em Salvador, procurei os pais e vi que ele poderia chegar a ser árbitro da Federação Bahiana de Futebol. Mas CBF e Fifa, ele foi mostrando ao longo do tempo”, contou.
Rildo também destacou o principal desafio na caça aos novos talentos ainda crianças. Muitas delas não nascem com o sonho de se tornarem árbitros, ao contrário do que acontece com os aspirantes a jogadores.
“Para a gente foi e continua sendo um desafio. Agora, o desafio é maior, mas no nosso início era difícil encontrar crianças interessadas em serem árbitros de futebol. Até é difícil isso. Mas a gente percebeu que era importante fazer a formação do árbitro desde a base como acontece com os jogadores de futebol, onde vivem as categorias, infantil, juvenil, júnior até chegar no profissional. Através da inclusão social e das regras do futebol, a gente vinha usando como ferramentas transformadoras, onde trabalhamos leitura, interpretação de texto, oratória e escrita, para que esses jovens venham ter um futuro melhor. Se não for árbitro de futebol, com certeza terá uma perspectiva de vida melhor”, falou.
Para os interessados em se tornarem árbitros, Rildo deu um conselho: gostar e ter prazer com futebol.
“Primeiro precisa gostar de futebol e estudar. Também tem que estar inserido nesse contexto do futebol, que é uma área de atuação muito boa e prazerosa para quem gosta. E mostrar aos jovens que futebol não só vive de jogar bola, mas existem várias outras profissões, como jornalista, que faz parte do contexto. Procurar o nosso site (clique aqui), vê como funciona. Independente do garoto se tornar árbitro de futebol, ele vai estar buscando conhecimento das regras de futebol e vai estar mais consciente quando estiver nas arquibancadas e entender que as decisões do árbitro é em busca do acerto”, finalizou.
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