Sob clima de tristeza e comoção, a famÃlia de Kauan Jesus da Cunha Duarte, assassinado com um tiro na cabeça dentro do Ministério da Defesa, no sábado (19/11), procuraram, na manhã desta segunda (21/11), a Base Aérea de BrasÃlia para exigir de autoridades militares justiça e apuração no caso que acabou com a morte do jovem de 19 anos.
“Era o sonho do meu filho entrar na FAB [Força Aérea Brasileira]. Kauan era temente a Deus e quando ele falou que queria servir, nos esforçamos para ele conquistar o sonho dele. Sabemos que tudo acontece com a permissão de Deus e acreditamos que ele está em um lugar melhor “, disse Eilson Ferreira, pai da vÃtima, em conversa com jornalistas.
Claudia Ferreira Duarte, 49, tia da vÃtima, disse à reportagem que a famÃlia está impactada com o ocorrido. “Meu sobrinho morava comigo, lá na Ponte Alta, no Gama. No dia em que ele foi morto, eu estava esperando uma ligação para buscá-lo. Agora, ao invés de tê-lo em casa, ontem o enterramos. Sabemos que a culpa não foi das Forças Armadas, mas sim da pessoa que matou meu sobrinho, que não tem caráter. Apenas queremos justiçaâ€, desabafou a mulher.
Para Claudia, a motivação do crime foi o roubo de uma munição. “Ficamos sabendo que o Felipe teria roubado uma munição de Kauan. Após tentar reaver o objeto, o criminoso teria disparadoâ€, disse. “As informação foram nos passadas hoje durante reunião com o tenente coronel Leonardo e coronel Martinsâ€, completou.
Segundo o advogado da famÃlia de Kauan, Walisson dos Reis, Felipe de Carvalho Sales, 19 anos, foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia, onde foi decretada a prisão preventiva. Felipe é réu primário e ficará preso no Ministério da Defesa.
Durante audiência, Felipe alegou que, na verdade, tudo não passou de uma brincadeira. Segundo ele, os dois estavam brincando quando a arma do acusado disparou. Ainda segundo o especialista, o celular do Felipe foi apreendido pelos militares, para a verificação de um possÃvel desentendimento anterior entre os dois. As Forças Armadas investigam o caso.
“Felipe responderá por furto de uma munição do Kauan, além do homicÃdio. A defesa lutará pela pena máxima. Se condenado, ele poderá pegar de 12 a 30 anosâ€, disse o advogado.
Entenda o caso Durante a troca de turno no Ministério da Defesa, na manhã do último sábado (19/11), por volta das 7h, Felipe sacou uma pistola e atirou na cabeça de Kauan. A vÃtima foi encontrada dentro do anexo da pasta, no térreo. O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) foi acionado, mas o soldado já estava morto quando a ambulância chegou ao local.
Agentes do Instituto de CriminalÃstica (IC) foram chamados e realizaram perÃcia. Como se trata de um crime militar, o inquérito será conduzido pela FAB, sem a participação da PolÃcia Civil do Distrito Federal. A coluna Na Mira apurou que a briga entre os militares com desfecho trágico teria ocorrido após discussão motivada pela troca de turno.
Por volta das 11h05, o carro do Instituto Médico Legal chegou para retirar o corpo de Kauan do anexo da Defesa. Por meio de nota, o ministério lamentou o que chamou de incidente. A pasta também prestou solidariedade à famÃlia da vÃtima e afirmou que acompanhará as investigações.
The post Militar que matou colega no Ministério da Defesa é preso preventivamente first appeared on Metrópoles.
Comentários Facebook