Ministério de Minas e Energia irá suspender ações estratégicos até mudança de governo, afirma transição

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O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, irá suspender qualquer decisão de caráter estrutural e estratégico até a mudança do governo. A informação foi dada pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) e o coordenador do grupo Mauricio Tolmasquim, que são membros da equipe de transição, do grupos técnico que discute os assuntos da pasta.

 

“O que o ministro disse é que ele não vai tomar medidas novas pelo ministério nesse período até a posse do novo governo. A visão dele, que acho correta, é que cabe ao próximo governo tomar as medidas estruturais que considere necessárias”, afirmou.

 

Segundo Jean Paul, a medida partiu do próprio ministro, durante reunião com a equipe de transição nesta terça-feira (22), no Ministério de Minas e Energia. Ainda durante o encontrou, o grupo questionou se a suspensão irá se estender a Petrobras também, que é uma empresa vinculada a pasta.

 

“Há de se reconhecer que é uma empresa mista, então é um processo diferenciado. Mas foi importante a medida de não haver surpresa ou sobressaltos no período final desse governo,” explicou o senador.

 

A suspensão também inclui a venda da participação da Petrobras na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), que opera o gasoduto entre os 2 países. “A gente indicou que esse é um processo complexo que envolve relações com o governo da Bolívia, toda uma programação do sistema de gás com a Argentina, Bolívia e Brasil. Não é uma coisa que se possa fazer a toque de caixa no final do governo”, destacou o senador.

 

Mas os temas referentes a estatal ainda precisam ser tratados com a diretoria da empresa, já que mesmo vinculada ao ministério, ela não entra no âmbito de decisão da pasta. “Ele, o ministro, vai nos colocar em contato institucionalmente com a Petrobras e nós vamos conversar o quanto antes”, completou Jean Paul.

 

A intenção do grupo técnico, que está tratando de assuntos voltados para a área de minas e energia, é de se reunir com a diretoria da Petrobras para pedir a suspensão de projetos próprios da petrolífera que não passam diretamente pelo Ministério de Minas e Energia.

 

“Nós nos manifestamos várias vezes, o presidente Lula também, contra a venda de ativos dessa forma que está sendo feita. Não quer dizer necessariamente que não haja venda de ativos no futuro. Mas essa é uma reavaliação que caberá à nova gestão. Agora, ele mesmo fez a ressalva de que a Petrobras tem procedimentos específicos e vamos procurar trabalhar nesses parâmetros”, pontuou.

 

De acordo com o calendário do gabinete de transição, a equipe deve apresentar um relatório preliminar no próximo dia 30. Já o documento final está previsto para o dia 11 de dezembro. Diante do calendário apertado, o coordenador do grupo disse que a equipe está tentando agilizar os processos.

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