O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná expediu um parecer afirmando que o senador eleito Sergio Moro (União Brasil) precisa apresentar novamente sua prestação de contas de campanha devido a inconsistências nos dados.
O relatório, assinado na segunda-feira (7), afirma que a campanha de Moro deixou de anexar na prestação final de sua candidatura registros da movimentação financeira e comprovantes dos gastos feitos.
O ex-juiz da Lava Jato foi eleito com quase 2 milhões de votos. A campanha arrecadou R$ 5,1 milhões, a maior parte por meio de financiamento público. Seus maiores gastos foram com a contratação e um escritório de advocacia por R$ 800 mil e com R$ 426 mil com táxi aéreo.
O parecer da Justiça cita a falta de comprovante de devolução de sobras de campanha à direção partidária. Moro foi intimado a se manifestar.
Além disso, técnicos também apontam problemas na declaração de gastos com data posterior ao fim da eleição. Há despesas com agência de viagens nove dias depois do primeiro turno.
Cita também divergências entre o valor de despesas declaradas e os valores que constam em notas fiscais eletrônicas de gastos eleitorais. Há também despesas consideradas omitidas, que somam R$ 6.000.
O parecer aponta falta de identificação de CPF ou CNPJ de doadores e o descumprimento de prazos para a declaração de gastos nas primeiras semanas de campanha.
Questionado pela Folha de São Paulo, Moro afirmou que o relatório da Justiça Eleitoral no Paraná é padrão em prestações de contas e natural neste período de pós-campanha, e que há um prazo de três dias para resposta.
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