SAF Tricolor: saiba o que muda com a venda do Bahia ao Grupo City

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O que boa parte dos tricolores desejava aconteceu: o Bahia agora faz parte do Grupo City. No sábado (3), os sócios do Esquadrão votaram e decidiram pela venda do clube ao fundo árabe. A partir de agora, o investidor, que possui 90% das ações da SAF, será o responsável por gerenciar o futebol do clube baiano. 

Logo de cara, o Bahia vai sofrer algumas mudanças para a temporada 2023. A principal delas será no planejamento do futebol. É do Grupo City a responsabilidade pela montagem do elenco, escolha do novo treinador, além de peças da diretoria. Entenda o que muda com a transformação do Bahia em SAF. 

Investimento

De acordo com a proposta, o Grupo City promete aportar R$ 1 bilhão por 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF)  constituída pelo Bahia. O dinheiro será dividido para três finalidades: compra de jogadores, responsável por metade do valor; pagamento de dívidas; e outros, o que inclui investimento em infraestrutura, categorias de base e capital de giro. A divisão prevista em contrato está assim: 

  • R$ 500 milhões para a compra de jogadores;
  • R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas;
  • R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros.

O prazo para que o valor seja investido é de 15 anos. No entanto, a expectativa é de que a maior parte seja feita nos primeiros cinco anos. Além disso, há a obrigação contratual de que o fundo estrangeiro deve manter folha salarial de R$ 120 milhões por ano ou 60% da receita bruta da SAF (excetuando transferências de jogadores), o que for maior.

Pagamento de dívidas 

Em relação às dívidas atuais que o clube possui, elas serão liquidadas, e a própria SAF ficará encarregada de negociar com credores. Vale lembrar que o acordo firmado com o Banco Opportunity prevê que, em caso de constituição de SAF, o Bahia tem a obrigação de pagar de uma só vez o valor do débito (R$ 35 milhões).

Identidade mantida 

Ponto de preocupação entre alguns torcedores, a identidade do Bahia será preservada. O acordo prevê que os símbolos, como cores, hino, brasão, apelidos, ficarão sob a responsabilidade da associação. Mudanças só serão realizadas mediante decisão dos sócios. 

Além disso, como a marca do Bahia permanecerá tendo a associação como dona, a SAF pagará R$ 2,5 milhões de royalties anuais pelo uso. O Grupo City também continuará executando programas realizados atualmente pelo Bahia, como o plano de sócios Bermuda e Camiseta, o projeto Dignidade aos Ídolos e a comercialização de uniformes populares. 

Administração 

Em relação à administração, com a venda para o fundo, o Grupo City passará a comandar o futebol masculino, o feminino e as categorias de base. O projeto estipula que a SAF será gerida por um Conselho de Administração formado por seis representantes. Cinco deles indicados pelo City e um pela associação (Bahia).  

Atual presidente, Guilherme Bellintani tem mais um ano de mandato e continuará representando a associação Bahia até o fim de 2023. 

Montagem do elenco

Desde antes do fim da Série B, o Grupo City iniciou o planejamento de montagem do elenco e do departamento de futebol do tricolor. Jogadores que fazem parte de clubes do próprio grupo e destaques de outras equipes foram apresentados como possibilidades para o Esquadrão. 

A expectativa é de que nos próximos dias ocorram anúncios como chegadas de atletas e renovações, o nome do novo treinador e peças da diretoria de futebol.

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