Bolsonaristas são presos por suspeita de agredir homem com bastão

Publicado:

Um homem de 34 anos foi agredido com golpes de bastão nesta segunda-feira (5/12), em Formiga, no Centro-Oeste de Minas, por manifestantes bolsonaristas acampados na porta do “Tiro de Guerra”. João Átila da Silva Leão foi reclamar sobre os incômodos causados à vizinhança pelo protesto. Os suspeitos foram presos. 
 
Os bolsonaristas estão acampados no local, que fica no Bairro Sagrada Família, há cerca de um mês em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito tem 56 anos. Ele estava acompanhado de outro manifestante, de 41, que teria difamado a vítima.

A ocorrência

João Átila passeava com o cão dele, assim como de praxe, quando falou com os manifestantes acampados na rua que eles estavam incomodando os moradores devido à movimentação. Dois deles, então, reagiram.
Irmã da vítima, Mayra Issa contou que, enquanto um dos bolsonaristas rebatia com agressões verbais, o outro, de 56 anos, acertou o irmão dela com um golpe de bastão. Ao tentar se defender, escondendo o rosto, a arma atingiu o punho dele. 
Com a agressão, o cachorro de João Átila se assustou e, para evitar que avançasse contra o agressor, ele o segurou. Entretanto, segundo Mayra, mesmo sem a reação do irmão, o suspeito desferiu outro golpe que acertou o cotovelo.
A vítima foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele sofreu fratura no punho e o cotovelo ficou trincado.

Raiva e angústia

Essa não é a primeira vez que o protesto é alvo de reclamações. Segundo Mayra Issa, outros moradores já haviam reclamado dos incômodos gerados pelos manifestantes. 
A vizinhança, segundo ela, é formada praticamente por idosos. Um deles é a avó dela, de 80 anos, que está sob os cuidados do irmão.
O acampamento está instalado há cerca de um mês na Porta do “Tiro de Guerra”. Mayra diz que, ao longo deste período, é comum barulho gerado por músicas, churrascos e foguetório.
“É revoltante, inaceitável. É uma mistura de angústia e raiva de ver que é uma manifestação nem um pouco pacífica, não é com a intenção de melhorar, estão sendo, na verdade, manifestações agressivas”, desabafou.
Enquanto João Átila se recupera, a família estuda quais medidas deverão ser tomadas contra os agressores. Mayra ainda relata que o irmão tem sofrido ameaça por manifestantes que continuam acampados no local. 
“Precisa ser feito algo e a gente tem que analisar porque ele está sofrendo ameaça. Continuam pessoas lá. Eles falam que estão mexendo com cachorro grande”, contou.
Os dois suspeitos, de acordo com a Polícia Militar, foram presos. O homem de 56 anos pelo crime de lesão e o outro, de 41 anos, por difamação.
 
*Amanda Quintiliano especial para o EM
 

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Aliados defendem que Bolsonaro indique Flávio como seu advogado no STF

Em um momento delicado para Jair Bolsonaro, após a decretação de sua prisão domiciliar, aliados da família correm contra o tempo nos bastidores,...

De Jungle Fight a Telecatch: eventos esportivos dominam emendas em SP

Os eventos esportivos ocupam uma parcela significativa do orçamento das emendas parlamentares em São Paulo, consumindo R$ 1 a cada R$ 3 destinados....

Deputada republicana defende Bolsonaro e ataca Moraes nas redes

A deputada norte-americana María Elvira Salazar, do Partido Republicano, fez ecoar sua voz nas redes sociais ao criticar o ministro Alexandre de Moraes,...