A pandemia deixou muitas marcas dolorosas, promoveu transformações, mas também inspirou. Foi assim com o escritor baiano Ricardo Cury, 44 anos, que acabou produzindo durante o período o conjunto de crônicas reunidas no livro Manteiga, que ele lança nesta quinta-feira (15), às 18h, na livraria Midialouca, no Rio Vermelho.
O livro nasceu a partir de um exercício sugerido pela psiquiatra de Cury: “Já que não conseguiremos fazer a sessão, que tal você escrever e me contar como estão sendo os seus dias?”. Foi assim que ele deu vida a Manteiga, seu terceiro livro, que conta a sua rotina durante a pandemia, descrevendo as situações vividas com os dois filhos, com a separação, os aplicativos de namoro, a depressão, os remédios…
Rico em detalhes, a obra mostra a rotina de uma pessoa normal mpactada em cheio pelo lockdown e pelos efeitos da pandemia em seu cotidiano. “Enquanto escrevia, mandei para a psiquiatra acompanhar como estava o processo e ela suspendeu a medicação”, conta Cury, que incluiu no volume alguns textos já escritos antes da chegada do coronavírus.
“Nas histórias, eu conto partes tristes do processo, questões delicadas, como quando me separei no início da pandemia e sofria de diversas maneiras. Mas também há momentos de reflexão, humor e descontração como alguns encontros via aplicativo e outros encontros via destino”, afirma.
O primeiro livro do autor foi Para Colorir (2008), não-ficção que começa com a aquisição da sua primeira bateria, aos 14 anos, e vai até a desistência do rock, aos 28. E o segundo, Tchau (2019) é um romance que narra o envcontro de um pescador com uma psicóloga.
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