O atacante Robinho, que foi condenado por violência sexual na Itália e não atua desde julho de 2020, está sondando o mercado para retornar ao futebol. Ele já foi oferecido a clubes e chegou a ser recusado por um deles, o Brasiliense.
Luiza Estevão, vice-presidente do clube candango – que disputará a Série D do Campeonato Brasileiro em 2023 –, revelou a oferta ao comentar matéria do site UOL que noticiava o plano de Robinho de tentar voltar a atuar.
Segundo ela, o time se recusou a negociar com o atacante de 38 anos. “Brasiliense procurou e empresários ofereceram e ouviram um 'não' são duas coisas completamente diferentes”, destacou, alegando que o Brasiliense não procurou o jogador e, sim, foi procurado por pessoas ligadas a ele.
De acordo com o UOL, Robinho teria sido procurado pelo clube do Distrito Federal. Conversou também com a Portuguesa Santista, mas ainda não tem certeza se quer retornar aos gramados porque teria receio de possíveis retaliações à família e aos filhos.
O ex-jogador de Atlético e Santos anunciou a aposentadoria em julho do ano passado, após ser condenado a nove anos de prisão pela Justiça italiana por ter cometido violência sexual em grupo. Ele não atua em uma partida oficial desde julho de 2020, quando entrou em campo pelo Basaksehir, da Turquia.
No momento, o ex-camisa 7 vive em Santos. A Itália chegou a pedir a extradição de Robinho, mas o Brasil negou o pedido com base no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe o país de forçar a ida de cidadãos brasileiros para outros países.
Robinho condenado
Em janeiro de 2013, em uma boate em Milão, Robinho e outros cinco brasileiros foram denunciados por violência sexual contra uma mulher albanesa, de 23 anos na época.
O caso contra os outros quatro brasileiros está suspenso, mas pode ser reaberto devido à condenação de Robinho e Ricardo Falco. Durante as investigações, os envolvidos não estavam na Itália e, portanto, não foram processados.
Em 2020, o site ge.globo teve acesso a áudios de Robinho e seus amigos ironizando a vítima. A divulgação dos áudios foi, inclusive, determinante para que o Santos suspendesse o contrato com o jogador de 37 anos.
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