Pesquisa aponta que 78% dos brasileiros têm vergonha de ter o nome sujo

Publicado:


Estudo da fintech Bulla também mostra que 35% das pessoas das classes C e D tentam controlar os gastos, mas o dinheiro que recebem não é suficiente para durar até o final do mês

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Cédulas de real desfocadas

Custo de vida na região metropolitana de São Paulo caiu pela primeira vez desde maio de 2020

Um estudo realizado pela fintech Bulla revela que 35% dos brasileiros tentam controlar os gastos, mas o dinheiro que recebem não é suficiente para durar até o final do mês. A pesquisa detalha a percepção das classes populares, C e D, e mostra que 78% das pessoas têm vergonha de ficar com o nome sujo e querem manter o bom relacionamento com os bancos. A pesquisa ouviu 600 pessoas que moram nas regiões metropolitanas das capitais Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza e Brasília. O CEO e co-fundador da fintech, Marcelo Villela, destaca que o crédito no país está escasso e caro. “O crédito está escasso. 80% das pessoas têm muita preocupação e responsabilidade com o seu nome. E, apesar de todo mundo falar que o brasileiro não tem educação financeira, essa turma tem a educação que precisa, que é a educação dos gastos, essa turma faz uma gestão ferrenha dos gastos, para ver se conseguem fazer o dinheiro render até o final do mês. Esse é o fundamental. O povo tem que gerenciar um dinheiro que não dá até o final do mês”, explica.

Um dos desafios da área econômica do governo é ampliar o consumo das classe C e D, para que voltem a ocupar o espaço que tiveram no passado. A preocupação da maioria dos brasileiros é manter-se fora da negativação. Ainda de acordo com a pesquisa, 87% dizem que ser um bom pagador é importante para manter um relacionamento amigável com os bancos ou com quem se pega dinheiro emprestado. Apenas 13% dos entrevistados afirmaram que não vale a pena limpar o nome. “87% das pessoas tinha a intenção de pagar. 30% tinham medo de não ter como pagar. Existe um comprometimento na responsabilidade muito clara, principalmente nessa faixa da socieda. O que eles precisam é de renda e oportunidade de trabalho para ter condições de pagar. Os mal intencionados não são a maioria. O povo é bom, o povo é bem intencionado, ele tem vontade de pagar, ele está é com dificuldade. O dinheiro que se ganha, dada a alta inflação, não é o suficiente para cobrir as contas do mês”, afirma Villela.

*Com informações do repórter Daniel Lian

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Vendas no Natal devem movimentar R$ 85 bi na economia brasileira, mostra pesquisa

As vendas no varejo brasileiro para o Natal de 2025 devem gerar um impacto de R$ 84,9 bilhões na economia. Essa informação é...

Inflação do aluguel cai 0,11% em 12 meses, primeiro recuo desde maio de 2024

A inflação do aluguel, medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), apresentou uma queda de 0,11% no acumulado de 12 meses,...

Brasil criou mais de 85 mil vagas em outubro, aponta Caged

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta quinta-feira (27) os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente ao mês...