A deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), não entregou a mesma arma que ela utilizou quando ameaçou um homem no dia anterior às eleições, de acordo com informações preliminares da Polícia Federal. Após cumprir mandado de busca e apreensão nesta terça-feira (3), a PF encontrou três armas e, segundo os policiais, nenhuma delas se assemelha a da filmagem.
Dentre as armas de fogo encontradas pela Polícia Federal, uma estava com a deputada, em Brasília, no endereço dela, e duas num clube de tiro em São Paulo, o que deixa em aberto, segundo a PF, se ela tentou “esconder” as pistolas (mais detalhes aqui).
A Polícia Federal já tinha informações de que a deputada tinha outras armas registradas em nome dela e por isso o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, autorizou a apreensão de todas as armas. A PF chegou à conclusão que ela teria mais armas porque a arma que ela entregou não era a mesma das filmagens.
Os pedidos de busca e apreensão foram feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que também queria vasculhar o gabinete de Zambelli na Câmara dos Deputados. Gilmar, entretanto, não autorizou buscas no Legislativo.
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O ministro do STF agora aguarda um posicionamento da PGR e da PF para definir os próximos passos da investigação contra a deputada.
O CASO
No dia anterior ao segundo turno das eleições, em 29 de outubro, Carla Zambelli foi vista atravessando uma rua com a arma apontada onde ocorreu uma confusão em um bar. Segundo a parlamentar, ela tinha sido xingada por um apoiador do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de sacar a arma (relembre o caso aqui).
Um segurança da parlamentar chegou a fazer um disparo durante a perseguição e foi preso pela Polícia Civil por isso.
Veja o vídeo:
VÍDEO: Deputada bolsonarista reeleita aparece com arma na mão atravessando rua em SP na tarde deste sábado (29) pic.twitter.com/wVtOFTbZl4
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 29, 2022
O transporte de armas é proibido nas 48 horas que antecedem e posteriores ao dia de votação em endereços próximos de colégios eleitorais, mas a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a perseguição ocorreu a mais de 100 metros da seção mais próxima.
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