Presidente do Banco Mundial anuncia saída do cargo ao fim do ano fiscal

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Há mais de quatro anos na posição, David Malpass afirmou que quer uma transição de liderança suave e deseja buscar novos desafios 

Brendan Smialowski / AFP

David Malpass

Durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, Malpass foi como assessor econômico de Donald Trump

O presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, informou à diretoria da instituição a intenção de renunciar ao cargo até o final do ano fiscal, em 30 de junho, nesta quarta-feira, 15. O analista econômico atua no cargo há mais de quatro anos. “Foi uma enorme honra e privilégio servir como presidente da principal instituição de desenvolvimento do mundo ao lado de tantas pessoas talentosas e excepcionais. Com os países em desenvolvimento enfrentando crises sem precedentes, estou orgulhoso de que o Banco tenha respondido com velocidade, escala, inovação e impacto. Os últimos quatro anos foram alguns dos mais significativos da minha carreira. Tendo feito muitos progressos e depois de muito pensar, decidi buscar novos desafios. Quero agradecer aos nossos funcionários e Conselhos de Administração pelo privilégio de trabalhar com eles todos os dias para fortalecer a eficácia de nossas operações nos momentos mais desafiadores”, declarou. Sob a liderança de Malpass, o Grupo Banco Mundial mais que dobrou seu financiamento climático para países em desenvolvimento, atingindo US$ 32 bilhões no ano passado. Ele também esteve a frente de projetos como operações emergenciais de saúde e vacinação em mais de 100 países, financiamento de emergência de US$ 18 bilhões para a Ucrânia para apoiar a continuação dos serviços essenciais do governo, trabalhou com líderes globais para quebrar os ciclos de dívida insustentável, implementou o financiamento para o desenvolvimento sustentável do Banco, entre outras iniciativas. “O Grupo é fundamentalmente forte, financeiramente sustentável e bem posicionado para aumentar seu impacto no desenvolvimento diante de crises globais urgentes. Esta é uma oportunidade para uma transição de liderança suave à medida que o Banco trabalha para enfrentar os crescentes desafios globais, facilitar o investimento privado, aprimorar seu foco em bens públicos globais e manter um forte impulso na entrega operacional e no desempenho do portfólio para os países clientes”, afirmou em comunicado.

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