Com instabilidades, bitcoin fecha com queda de 67% no final de 2022

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Ainda assim, especialistas acreditam que a modalidade financeira ainda é positiva, inclusive para países emergentes

Pierre Borthiry/Unsplash

Exemplos físicos de criptomodas

Brasil é o quinto país com o maior número de investidores em criptoativos

No final de 2022, o Bitcoin fechou com queda de 67%. Fatores macroeconômicos e crises fizeram com que o ativo passasse por instabilidades. Mas, mesmo com a retração, a avaliação de especialistas é de que 2023 pode ser positivo para esses investimentos, inclusive para os países emergentes. É o que acredita o especialista no tema Paulo Aragão. “Mesmo agora, nesse período de baixa, a gente consegue ver um número bem grande, bem significativo, de pessoas interessadas em saber mais sobre Bitcoin, em saber mais sobre a criptomoeda. E isso a gente pode ver, inclusive, com com dados. Tem mais CPF cadastrados nas corretoras de criptomoedas, por exemplo, do que na B3, que é a bolsa de valores brasileira. Então, o tempo foi muito bom para o interesse em relação às criptomoedas”, diz. O Brasil é o quinto país com o maior número de investidores em criptoativos. São cerca de 10 milhões de brasileiros, o que representa aproximadamente 5% da população.

A medida que cresce o mercado de criptos, cresce também o número de golpes envolvendo esses ativos. Por isso, antes de realizar qualquer tipo de investimento, é importante entender e estudar o tema. Foi pensando neste cuidado e na necessidade de difundir informações sobre o assunto que Paulo Aragão fundou, em 2016, o Criptofácil, um site para divulgar notícias a respeito do mercado. “Ajudar as pessoas a conhecerem sobre Bitcoin, então é algo que a gente confia muito, que a gente aposta muito, então a gente queria que mais pessoas conhecessem. E também que as pessoas conhecessem de uma forma positiva. Porque ali a gente conseguia trazer notícias, a gente conseguia fazer tutorial, fazer um conteúdo educativo, de educação realmente, para as pessoas entenderem o que é. Porque a partir do momento que as pessoas entendem o que é, elas estão mais aptas a realmente entrarem no mundo [das criptomoedas] de uma forma segura”, explica.

Diante do cuidado é muito importante que advogados e juristas estejam por dentro do assunto. Tainá Carneiro é CEO de uma empresa que oferece especialização para esses profissionais do direito sobre criptomoedas. Para ela, é imprescindível que os advogados estejam antenados nas atualizações tecnológicas. “São figuras muito importantes porque é por meio desses profissionais que a gente viabiliza a produção, a regulação e também oferece segurança jurídica para que toda essa inovação possa acontecer de uma forma estável, sem que ofereça nenhum risco sistêmico para a nossa sociedade”, afirma.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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