“Não sei se elas estão bebendo mais, se tem menos resistência…”. Foi em um tom leve que a vice-prefeita e secretária de Saúde de Salvador, Ana Paula Matos, comentou a predominância de mulheres nas ocorrências de intoxicação alcoólica nos postos de atendimento durante o Carnaval de 2023. “Nas nossas ocorrências, identificadas nos postos, de intoxicação alcoólica, 63% em média de mulheres. A variação é de 0,5% a cada dia”, voltou a comentar a vice.
Ana Paula citou que há indicativos de que as mulheres têm optado por outras bebidas com maior graduação alcoólica. “Os bastidores indicam que elas têm evitado tomar cerveja porque vai mais ao banheiro e estão optando por outros tipos de bebida, com maior quantidade de álcool”, detalhou a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
REDUÇÃO DE ÍNDICES
Ana Paula comemorou o resultado do apelo foi por ela para o uso de calçados baixos. “Estávamos vendo uma incidência muito grande, com aumento de até 10% até o dia de ontem, em quedas e torções dos membros inferiores. Esse número já melhorou hoje”, sugeriu.
A titular da SMS ainda reforçou a redução de outros índices, como as ocorrências em geral. “Só no dia de ontem foi de 43%. Saímos de 1.269 atendimentos em 2020 na segunda-feira para 729 ontem. Isso é significativo. Tem diminuído a contundência, a agressividade das ocorrências. As cirurgias buco-maxila caíram em 73% ontem”, relatou.
Ana Paula ainda contou uma curiosidade sobre a integração entre os órgãos da prefeitura que atuam no Carnaval de 2023. Após os dados do primeiro dia da folia, a SMS pediu que a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) intensificasse a fiscalização de espetinhos, para ampliar a varredura para fora do circuito. Segundo ela, houve resultado. “[Houve] diminuição das ocorrências com armas brancas”, completou.
CORDEIROS
Ainda que tangencialmente, a secretária de Saúde comentou que a prefeitura aumentou o alerta para a situação de cordeiros que atuam no Carnaval 2023. Segundo ela, chegaram relatos da diminuição da água e da baixa qualidade da alimentação fornecidas pelos trios aos profissionais. “Isso não foi de todos, foi algumas ocorrências individualizadas, mas a gente já está estudando para, junto com a Vigilância Sanitária e a Saltur, com todos os órgãos que organizam o Carnaval, melhorar para o ano que vem”, antecipou.
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