Acordo nuclear foi assinado entre Rússia e EUA e prevê a redução dos arsenais dos dois países. Após fala de Putin, Duma concorda com saída 22/02/2023 7:35, atualizado 22/02/2023 7:56
Wojtek Laski/Getty Images
A Duma, como é chamada a câmara baixa do parlamento russo, aprovou por unanimidade uma lei que suspende a participação o país no Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo Start). O tratado é um acordo nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos que prevê a redução dos arsenais de ambos os países.
A proposta chegou à Duma por meio de um pedido do presidente Vladimir Putin. Com ela, a Rússia suspenderia a participação no tratado. Na terça-feira (21/2), Putin anunciou essa suspensão, durante discurso de 1h45 no Parlamento, em que atacou as nações ocidentais e responsabilizá-las pela guerra com a Ucrânia. O conflito se arrasta para o marco de 1 ano, na próxima sexta-feira (24/2), sem perspectiva de paz.
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Vladimir Vladimirovitch Putin é o atual presidente da Rússia. No poder há 20 anos, desde a renúncia de Boris Yeltsin, Putin é conhecido por apoiar ditadores e declarar oposição ferrenha aos Estados UnidosSergei Guneyev /Getty Images
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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espiãoMikhail Svetlov /Getty Images
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Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975Alexei Nikolsky /Getty Images
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Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da RússiaCarl Court /Getty Images
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Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidadeSergei Karpukhin /Getty Images
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Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela RússiaAlexei Nikolsky v
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Seguindo a Constituição russa, que o impedia de exercer mais de dois mandatos consecutivos, o ex-KGB apoiou o seu primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, nas eleições que o sucederiam Mikhail Klimentyev /Getty Images
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Em 2012, no entanto, voltou a ser eleito para novo mandato de seis anos, mesmo com forte oposição Matthew Stockman /Getty Images
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O líder russo Vladimir Putin diz que não irá recuar e desafia a comunidade internacionalAlexei Nikolsky /Getty Images
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No ano seguinte, apoiou a guerra que aconteceu na Síria e enviou militares para ajudar o regime do presidente sírio, Bashar Al AssadMikhail Svetlov/Getty Images
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Apesar de toda desaprovação mundial diante de atos de guerra, Putin conseguiu se eleger em 2018 para mais seis anos, com vantagem expressiva em relação aos adversáriosMikhail Svetlov /Getty Images
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Devido à lei que sancionou em 2021, Putin poderá concorrer nas duas próximas eleições e, se eleito, ficar no poder até 2036Mikhail Svetlov /Getty Images
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Recentemente, após exigir que o Ocidente garantisse que a Ucrânia, que faz fronteira com território russo, não se juntaria à Otan, reformou a inimizade entre os paísesVyacheslav Prokofyev /Getty Images
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O conflito, que acendeu alerta mundial, ganhou novos capítulos após Putin ordenar, no dia 25 de fevereiro de 2022, que tropas invadissem a Ucrânia utilizando armamento militar Anadolu Agency /Getty Images
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Apesar dos avisos de sanções por parte de outras nações, o presidente russo prosseguiu com a intentada e deu início à guerrapicture alliance /Getty Images
“Nesse sentido, sou forçado a anunciar hoje que a Rússia está suspendendo sua participação no tratado estratégico de armas ofensivas”, disse Putin.
De acordo com o chefe do Kremlin, antes de retomar as discussões sobre novas atividades do tratado, a Rússia precisava descobrir como os arsenais dos outros países, inclusive as armas nucleares da Otan, o Reino Unido e a França, seriam levados em consideração com a força dos EUA.
“Violações dos Estados Unidos”Leonid Slutsky, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Duma, deixou claro que a Rússia não teve escolha por causa das, segundo ele, “inúmeras violações dos Estados Unidos ao tratado”.
“O Ocidente coletivo escolheu deliberadamente piorar as relações com a Rússia”, disse. Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, seguiu pelo mesmo caminho ao dizer que a lei aprovada “contribuirá amplamente para garantir a segurança de nosso país”.
Não é uma saída, mas uma suspensão. Tanto que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu aos EUA “vontade política” e “esforços de boa-fé” para garantir “a retomada da operação plena do tratado”. E que o país continuaria a cumprir as restrições quantitativas do tratado.
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