Ezequias Souza Ribeiro, um dos autores da chacina em Sinop, já era conhecido da Justiça antes mesmo do episódio cruel que causou a morte de sete pessoas na última terça-feira (21), entre elas uma menina de 12 anos.
Ezequias, que foi morto nesta quarta-feira (22) durante conflito com a Polícia Militar (PM), já foi preso por roubo, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo, lesão coorporal, ameaça, além de possuir um mandado de prisão em aberto.
A lista não acaba por aqui: Ezequias respondia a um processo de execução fiscal no valor de R$ 203 mil movida pelo Estado de Mato Grosso contra Madeireira Flor de Julho, em que ele consta como corresponsável, além de ser acusado pelo Ministério Público do Estado por transportar uma quantidade de madeira serrada diferente da que havia sido declarada pela Madeforte Industrial Madeireira Eireli EPP, da qual era sócio-administrador, conforme apurou o jornalista Pedro Coutinho, do Olhar Jurídico.
Segundo a polícia, Ezequias e Edgar Ricardo de Oliveira mataram a tiros as sete pessoas após perderem cerca de R$ 4 mil em uma aposta em jogo de sinuca. No entanto, com o histórico criminal de pano de fundo, é possível afirmar que: “um jogo de sinuca não é só um jogo de sinuca”, conforme pontuou o jornalista Alceu Castilho, nas redes sociais.
“Precisamos chamar os traficantes de madeira ilegal de traficantes. Assim como os traficantes de minérios precisam ser chamados de traficantes de ouro, de cassiterita, de manganês. Ezequias teve várias empresas nos últimos dez anos. Quase todas de madeira (…) Se a gente não conta a atividade do cabra fica parecendo uma briguinha qualquer de sinuca, de gente bêbada. Não era. Era gente apostando alto. Ostentando maços com 10 mil reais”, destacou Castilho.
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