Jogador da Seleção Brasileira, Richarlison usou suas redes sociais para manifestar-se contra a crueldade animal. Após um vídeo de onças sendo brutalmente torturadas por caçadores viralizar na internet, o centroavante do Tottenham se pronunciou condenando as imagens e a negligência da Justiça.
“Ontem, viralizou nas redes sociais um vídeo mostrando onças torturadas e mortas por um caçador, que além de toda a brutalidade e crueldade do ato em si, acreditando na impunidade, expôs o seu crime sem pudor algum ao mundo inteiro”, escreveu o jogador.
Engajado em causas sociais e ambientais, o centroavante esteve no Pantanal do Mato Grosso do Sul, meses antes de ir à Copa do Mundo 2022, para adotar uma onça-pintada. No encontro, o jogador batizou o felino pelo nome de “Acerola”.
Em seu pronunciamento, Richarlisou relembrou o momento: “Já estive no Pantanal algumas vezes e, na última delas, vi de perto o esforço de pessoas na missão de protegerem esses e tantos outros animais que vivem na região. Conheci o Onçafari, projeto tão maneiro, que possibilita vermos de perto esses bichos e mostra como podemos interagir com eles de forma não violenta, no mesmo lugar, cada um respeitando o seu espaço. Fiquei tão impressionado com o trabalho deles, que resolvi adotar simbolicamente uma onça no ano passado”.
Citado pelo jogador, o Onçafari é uma Organização Não Governamental (ONG), que atua na conservação de onças-pintadas, além de oferecer uma espécie de safári para avistamentos dos felinos no Pantanal.
Richarlison aproveitou o pronunciamento para exaltar a fauna e a flora brasileira, e criticar a impunidade do país:”Aprendi que o Brasil tem a maior biodiversidade do planeta, paisagens lindas, animais que só encontramos aqui. Ao mesmo tempo, tudo isso parece cada vez mais desprotegido e entregue a bandidos, que praticam esse tipo de ato covarde e brutal, sempre na certeza de que nada vai acontecer”.
O jogador encerrou o texto pedindo o aumento nas medidas de proteção aos animais selvagens e a natureza: “Pelo carinho que tenho pelo meu país e pela natureza – não apenas no discurso, pois sempre que posso estou lá, convivendo com quem está nessa batalha, aprendendo com eles e participando de ações – espero que isso mude com urgência e que não se meçam esforços para que as ações de proteção, não apenas dos nossos animais e do meio ambiente, mas também das pessoas e órgãos envolvidos na fiscalização deste problema, sejam tomadas. É o mínimo que esperamos daqueles que têm a caneta e o poder de mudar efetivamente em suas mãos”.
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