Xi Jinping diz a Putin que a maioria dos países apoia alívio das tensões na Ucrânia

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Encontro desta segunda-feira marca o início da visita de Estado do líder chinês à Rússia e teve discussão sobre questões internacionais; nova conversa com foco em parcerias bilaterais na economia ocorre nesta terça

EFE/EPA/XINHUA / Shen Hong

Visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping à Rússia

Visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping à Rússia

O presidente da China, Xi Jinping, disse ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante as suas conversações em Moscou nesta segunda-feira, 20, que a maioria dos países apoia o alívio das tensões relacionadas com a guerra na Ucrânia. Putin elogiou a “posição equilibrada” de seu contraparte chinês sobre a questão e assegurou que examina “com respeito” o plano de paz de Pequim. “Sei que vocês (…) têm uma posição justa e equilibrada sobre os temas internacionais mais urgentes”, disse. A reunião durou mais de quatro horas. Segundo o mandatário russo, a conversa da segunda-feira foi dedicada a questões políticas e internacionais e a desta terça-feira será sobre questões econômicas e projetos conjuntos. O Kremlin afirmou que Putin e Xi têm previsto assinar documentos nesta terça, incluindo duas declarações sobre o reforço da cooperação estratégica e planos para a interação econômica até 2030. O comércio entre as duas nações deve ultrapassar a marca histórica de US$ 200 bilhões neste ano, em grande parte devido ao aumento do fornecimento de gás à China no contexto do boicote europeu pela invasão à Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deverá falar com Xi Jinping por videoconferência após a sua viagem à Rússia.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu que o mundo não se deixe “enganar” pelas propostas da China para pôr fim ao conflito na Ucrânia e anunciou US$ 350 milhões (R$ 1,83 bilhão) adicionais em ajuda militar a Kiev. Pouco antes, a União Europeia havia anunciado um pacote de 2 bilhões de euros (R$ 11,23 bilhões) para facilitar a entrega de munições à artilharia ucraniana. Para China e Rússia, a viagem tem o objetivo particular de demonstrar a força de suas relações, no momento em que os dois países enfrentam tensões com as potências ocidentais. Para Putin, cada vez mais isolado no cenário internacional, a visita de Xi é especialmente importante. Na sexta-feira, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu uma ordem de prisão contra o presidente russo por “crimes de guerra” na Ucrânia. Não se sabe se Putin e Xi discutiram o mandado de prisão emitido pelo TPI, embora Pequim tenha criticado o procedimento publicamente, e a Comissão de Investigação da Rússia tenha aberto um processo penal contra o procurador e os três juízes do tribunal.

*Com informações da EFE e da AFP

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