Decisão do partido de Muniz afunila e PSDB deve ser destino do presidente da Câmara; entenda

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O destino partidário do vereador e presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz, está perto de ser definido. Nos últimos meses, informações de bastidores e declarações do próprio vereador colocaram em foco ao menos três legendas que poderiam abrigar o parlamentar baiano, são eles PL, MDB e o Podemos. Com o afunilamento das conversas e expectativa de anúncio ainda nesta sexta-feira (28), um outro partido que estava fora do radar entrou em cena: o PSDB.

Segundo apuração do Bahia Notícias nesta sexta, Carlos Muniz tem conversas adiantadas com os tucanos para se filiar ao PSDB. O ajuste para o desembarque do presidente da Câmara também pode envolver a indicação de nomes para a Secretaria de Educação de Salvador (Smed).

DATA MARCADA

O vereador estabeleceu que até o final do mês de abril revelaria seu futuro partidário. As negociações entre Muniz e o PL ainda continuam, mas ao longo do último mês o “namoro” esfriou. Membros da legenda afirmaram ao Bahia Notícias que a chegada do presidente da Câmara à sigla “travaria” o lançamento de candidaturas nas eleições de 2024, gerando desconforto em algumas alas do PL.

Além disso, há a resistência por conta de uma suposta exigência “inegociável” de Muniz, que seria assumir a presidência municipal do partido a fim de assegurar sua reeleição como presidente da Câmara de Salvador. A exigência do gestor teria causado desconforto em alguns membros do PL, que pleiteavam a vaga na executiva municipal.

Na última quarta-feira (26), o vereador admitiu que continua as tratativas com o PL, mas rechaçou uma aproximação com o MDB. “Até sexta-feira eu tenho uma posição, tinha o sonho de passar a decisão hoje, mas infelizmente não tenho uma decisão ainda. O PL está no radar também. Por Geraldo [Junior] eu iria para o MDB, mas não penso nisso ainda, não tenho a mesma visão. Ouço, bato-papo, vou conversar com ele e pode ter certeza que ele será o primeiro a saber a decisão”, afirmou Muniz.

O presidente da CMS também não descartou a possibilidade de indicar o candidato a vice-prefeito na chapa de reeleição de Bruno Reis durante o pleito do ano que vem.

“Bruno Reis é um amigo, pode falar o tempo que for, como amigo ele pode me aconselhar. Pode ter certeza que conversar nós conversamos com todo mundo. Não posso dizer que ‘dessa água não beberei’, quem sabe no futuro possamos estar juntos. Posso estar junto com Bruno Reis e pode ter certeza que o outro lado entenderá”, disse Muniz.

SAÍDA DO PTB

Em março, Muniz foi autorizado a deixar o seu partido, o PTB, sem perda de mandato antes da janela partidária de 2024, quando foi julgado pelos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) o pedido de desfiliação por justa causa.

Após insatisfações nos bastidores desde a eleição municipal de 2020, o vereador já havia sinalizado a intenção de deixar a sigla. No pedido ao TRE-BA, o atual mandatário do legislativo municipal disse que a mudança partidária se faz necessária “em razão da configuração de cenário de grave discriminação político pessoal e mudança substancial do programa partidário”.

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