Falta de remédios em unidades de saúde de Feira de Santana sobrecarrega UPA do Hospital Geral

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Crise teria sido instaurada devido ao descumprimento de contrato das empresas que administram as unidades de saúde, diz SMS

A falta de medicamentos e insumos em unidades de saúde de Feira de Santana há dias vem causando a sobrecarga da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Hospital Geral Clériston Andrade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), houve falta de insumos e materiais nas Policlínicas do Tomba, Feira X, Rua Nova e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mangabeira, o que levou os cidadãos que precisavam de atendimento a buscar o Hospital Geral. 

A situação gerou uma alta procura por atendimentos e chamou a atenção do vereador Pedro Cícero (Cidadania), que chegou a se pronunciar na Câmara Municipal na última terça-feira (4). Em seu discurso, ele relatou ter visto pacientes que já aguardavam por atendimento há mais de dez horas e prometeu acionar o Ministério Público caso não houvesse reposição das medicações nas Policlínicas até esta quarta-feira (5). Na oportunidade, o vereador ainda cobrou o prefeito da cidade, Colbert Martins, uma vez que Feira de Santana tem Gestão Plena e possui orçamento próprio para comprar medicamentos e insumos da atenção básica.

“Então o prefeito Colbert Martins, que é médico, vai ter que prestar contas à população. O que é que ele está fazendo com o dinheiro da saúde? Um recurso que vem para comprar remédio para o povo, que hoje está na necessidade”, reclamou.

Em nota, a SMS de Feira de Santana afirmou que a escassez de insumos e medicamentos ocorreu devido ao descumprimento de contrato das empresas responsáveis pela administração das Policlínicas. Segundo a pasta, ao ter conhecimento da falta de insumos e materiais nas Policlínica, foi dado início a reposição de maneira imediata e as empresas que gerenciam essas unidades de urgência e emergência realizaram um processo de compra emergencial dos materiais com o objetivo de assegurar a continuidade dos atendimentos. 

Ainda de acordo com a SMS, em nenhum momento foi negada a prestação de serviço assistencial, a exemplo do atendimento médico e dos demais profissionais da saúde. Na última semana, as sete policlínicas municipais e as duas UPAS contabilizaram 42.866 atendimentos, sendo 27.376 procedimentos, 2.810 exames e 12.680 consultas com médicos clínicos e especialistas.

Responsável pela gestão do Hospital Geral Clériston Andrade, o Governo do Estado disse que tem socorrido com frequência a saúde em Feira de Santana no últimos anos e lamentou o fechamento de UPAs pela gestão municipal de Feira de Santana. “Infelizmente, o município tem fechado UPAs e não tem feito a sua obrigação constitucional de cuidar da Atenção Básica, nem das consultas, exames e cirurgias eletivas. Pior: o chefe do executivo municipal recentemente informou que não construiria um hospital municipal, que é tão necessário para desafogar o Hospital Geral Clériston Andrade, no qual vem passando por ampliações frequentes, porém insuficientes frente a desassistência deixada pela prefeitura de Feira de Santana”, diz a nota.

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