Ministro da Fazenda defendeu que Brasil é uma economia muito forte e que pode crescer ainda mais se receber o estímulo adequado e houver harmonização entre política fiscal e monetária
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo Haddad, cotação do dólar estava fora da realidade
Durante conversa com jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a recente valorização do real frente ao dólar é um movimento natural para moeda, após medidas do governo voltadas para a base fiscal do país. Após a visita oficial do governo brasileiro à China, o economista defendeu que a força da economia brasileira, mas ponderou que para o país continuar a crescer é preciso harmonia entre os poderes e a política fiscal e monetária. “Eu sempre imaginei que o real estava muito desvalorizado. Não havia razão, sobretudo depois de fixar a taxa de juros no patamar atual, coisa que já vai para um ano. Eu sempre imaginei que o real estava muito desvalorizado e que, se nós tomássemos as medidas que nós estamos tomando, se o Congresso for sensível à essa agenda que nós estamos estabelecendo de recuperação da base fiscal, que dá sustentação para o Estado nacional, se nós formos bem-sucedidos também frente ao Judiciário, em relação a temas que tem impacto fiscal muito forte, e sobre os quais nós temos muita segurança de estarmos na direção correta, eu penso que seria natural o real voltar para um patamar mais adequado”, avaliou.
O ministro citou que o Banco Central fez uma reserva cambial de faixa de US$ 20 bilhões para o país, mas que também seria natural que a cotação da moeda norte-americana caísse. “Nós chegamos a quase R$ 5,80 em alguns momentos ao longo dos últimos doze meses. Isso certamente estava fora da realidade, na minha opinião. O Brasil é uma economia muito mais forte do que ela própria se enxerga. A economia brasileira responde muito rapidamente a estímulos adequados. E, se houver essa harmonia entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e o que eu tenho insistido da harmonização entre a política fiscal e monetária, não adianta nada de um lado eu fazer um trabalho, e o Banco Central não acompanhar o movimento no sentido de convergir para uma política sustentável de crescimento de baixa inflação. Eu penso que esse movimento está sendo compreendido”, concluiu.
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