Marido que confessou ter matado esteticista por dívida se torna réu

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Goiânia – Após confessar, em depoimento, que matou a esposa durante uma briga por causa de dívidas de R$ 13 mil, o marido da esteticista Juscélia de Jesus Silva, de 32 anos, se tornou réu. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra Reginaldo Nunes e também acatou a solicitação para que o corpo da vítima seja exumado.

O caso aconteceu em fevereiro deste ano e causou grande comoção em Goiás, já que a vítima ficou desaparecida entre os dias 14 e 19 de fevereiro, até que o corpo dela foi encontrado pela Guarda Civil de Abadia de Goiás, na região metropolitana da capital goiana, enrolada em um saco plástico, às margens da GO-469. A mulher foi identificada pelas digitais.

Desaparecimento – Segundo a família, antes de desaparecer no dia 14 de fevereiro, Juscelia estava indo a uma entrevista de emprego em Goiânia. O marido dela, Reginaldo Moura, mostrou à polícia sua última conversa com a vítima no WhatsApp, em que a esteticista pede que ele deposite dinheiro para que ela chame um carro de aplicativo.

Depois, na conversa, ela diz que não precisa mais do depósito e afirma que pagará o motorista em dinheiro. Ainda segundo os familiares, a mulher carregava R$ 8 mil quando saiu de casa, referente à venda de um carro. De acordo com a corporação, as conversas foram forjadas pelo homem, que chegou a conceder entrevistas falando do sumiço da esposa.

Conforme a delegada que investiga o caso, Ana Paula Machado, a corporação acredita que ela não tenha nem comparecido a uma entrevista de emprego. Segundo a investigadora, não foi confirmada a participação dela em qualquer candidatura de vaga, bem como a viagem de Uber.

Ainda de acordo com a delegada, há indícios que mostram que ela foi morta com violência, já que o corpo da mulher foi achado enrolado em um saco plástico preto e ela estava nua, porém, o laudo pericial não foi suficiente para determinar a causa da morte.

Homicídio qualificadoO crime foi denunciado pelo promotor de Justiça José Carlos Miranda Nery Júnior, na 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. Após isso, o juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, recebeu a denúncia na última quinta-feira (20/4).

Reginaldo é acusado de homicídio qualificado, com as seguintes qualificadoras: motivo torpe, com emprego de asfixia, fazendo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar. O réu também foi denunciado pela ocultação do cadáver da vítima.

De acordo com o promotor, o casal passava por alguns problemas no relacionamento, inclusive financeiros. A mulher suspeitava que o denunciado vinha ocultando dinheiro e patrimônio deles e, por isso, as brigas e desentendimentos.

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