Prefeituras e Polícia Militar reforçam a segurança nas escolas na Grande BH

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As ameaças de ataque a escolas, feitas nos últimos dias, têm levado as prefeituras de Belo Horizonte e região metropolitana a tomar medidas para reforçar a segurança nas unidades de ensino municipais e estaduais. Em Mateus Leme, um adolescente de 17 anos foi apreendido ontem, após gravar um vídeo com ameaças de massacre à Escola Estadual Domingos Justino Vieira. Localizado pela PM, o aluno admitiu a autoria do vídeo e disse que contou com a ajuda de dois primos, de 26 e de 20 anos. Um está preso e outro foragido. A prefeitura informou, em nota, que “há o contato contínuo entre a administração municipal, a administração das escolas e a Polícia Militar.”
A PM está fazendo o patrulhamento de todas as escolas e imediações, já que a cidade não tem Guarda Municipal. A prefeitura recomenda evitar aglomerações na porta das escolas. Durante o funcionamento das unidades de ensino, todas as entradas estão sendo mantidas fechadas e monitoradas. Caso os pais ou responsáveis precisem ir ao local, o Executivo municipal sugere que façam um agendamento prévio junto à direção da escola. Outra orientação é não compartilhar notícias sem garantia da veracidade. “Reiteramos a necessidade da cooperação entre a comunidade escolar, o poder público, a população e os órgãos de segurança.”
Em Contagem, pais de alunos fizeram protesto, em frente à prefeitura, ontem, para pedir reforço na segurança das escolas. Eles foram recebidos pelo vice-prefeito Ricardo Faria. A principal reivindicação dos familiares é a presença de guardas municipais em tempo integral nas unidades de ensino. Faria, porém, indicou que isso não deve acontecer. “A gente tem um efetivo reduzido. Acho que a gente precisa reforçar essa cultura de paz com a comunidade escolar, a escola cada vez mais próxima dos pais”, afirmou.
O vice-prefeito detalhou ainda ações para reforçar a segurança nas escolas do município. Um grupo de trabalho foi criado, o controle de entrada e saída dos alunos foi reforçado por uma empresa contratada. A Guarda Civil tem trabalhado em parceria com a Polícia Militar  Civil, monitorando possíveis casos de atentado, segundo ele. Além disso, serão instaladas 3.200 câmeras de segurança, sendo mil delas para atender a rede escolar. Faria informou que 126 escolas receberão os equipamentos e 31 delas já têm o sistema. “Sobre as câmeras de videomonitoramento, a gente conclui o processo em agosto. Todas as câmeras instaladas e monitoramento acontecendo através de uma central compartilhada com a Guarda Municipal e Polícia Militar”, ressaltou. A cidade conta ainda com o Programa Patrulha Escolar, 24 viaturas da Guarda Civil e o serviço de inteligência ajudam no monitoramento das escolas municipais.

GERENCIAMENTO

Em Betim, em 12 dias, quatro escolas públicas foram alvo de suspeitas de ameaças violentas. No início da semana passada, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE) informou que estava acompanhando a situação na Escola Estadual João Guimarães Rosa, no Bairro Icaivera. Na ocasião, uma ameaça de massacre foi escrita na porta de um dos banheiros femininos da instituição. A Polícia Militar foi mobilizada e, até o momento, não se sabe quem é o autor da ameaça. Um grupo de gerenciamento foi criado para combater e prevenir ameaças de novos ataques. A segurança das instituições de ensino também foi reforçada. As escolas municipais vão contar com a Guarda Municipal, enquanto as unidades estaduais terão uma ação mais ostensiva da PM. Além disso, os Centros Infantis Municipais ficarão sob os cuidados dos guardas patrimoniais. As creches conveniadas com o município vão receber recurso para contratar vigilantes. Os profissionais devem atuar por um período de 90 dias, que pode ser estendido, se necessário.

A Prefeitura de BH informou que as 323 unidades de ensino da rede municipal contarão com a presença da Guarda Municipal. Agentes da Patrulha Escolar da Guarda Municipal já acompanham as instituições de ensino. Mesmo assim, um grupo de trabalho foi criado para discutir ações de prevenção e encaminhamento em casos de ameaça e situações de violência. O comandante da Guarda Civil Municipal, Júlio César de Freitas, explica que além da presença nas escolas, a corporação também trabalha no combate às fake news, de modo a tranquilizar a comunidade escolar e evitar o pânico. “Temos uma equipe de suporte que verifica todas as notícias que nos são repassadas. O combate às notícias falsas também é uma estratégia importante para dar tranquilidade para pais e alunos”. Além disso, a corporação mantém contato diário com representantes das escolas por meio de grupos em aplicativos de mensagem. (Com Clara Mariz, Maicon Costa e Ivan Drummond)

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