Wagner diz que regime fiscal pode demorar no Senado, e Coronel questiona inclusão de fundo do DF

Publicado:

O projeto do novo regime fiscal do país pode não tramitar de forma tão rápida no Senado como foi na Câmara dos Deputados. Quem afirma é o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que participou da reunião de líderes comandada nesta quinta-feira (25) pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

 

Segundo destacou Wagner, não houve definição entre os líderes sobre a tramitação do projeto de lei complementar 93/23, mas há a tendência de que seja discutido pelo menos em uma comissão, ou a de Assuntos Econômicos, ou a de Constituição e Justiça. 

 

“Na reunião de líderes não foi batido o martelo, mas, em princípio, o projeto do novo arcabouço vai passar pela CAE podendo ir direto para plenário, mas ainda está sendo discutido se vai passar pela CCJ ou não. Evidente que a gente quer o mais rápido possível, até pela sinalização para a economia, para o mercado como todo”, disse o líder do governo no Senado.

 

A falta de definição sobre a tramitação do projeto no Senado tem relação com dois pontos do PLP 93/23 que também foram alvo de polêmica na Câmara, inclusive com apresentação de destaques por deputados. Um desses pontos diz respeito à inclusão, no regime de metas, do Fundo Constitucional do Distrito Federal. O texto do relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), determina que, a partir de 2025, o fundo receberá recursos de acordo com a regra aprovada no novo regime fiscal, que prevê que o governo federal repasse até 70% da variação da receita e no máximo 2,5% acima da inflação ao ano.

 

LEIA TAMBÉM:

Câmara dos Deputados rejeita destaques e projeto do novo regime fiscal vai ao Senado

 

Senadores afirmam que esse trecho do projeto vai gerar perdas ao fundo e prejudicará a segurança pública no Distrito Federal. É o caso do senador Angelo Coronel (PSD-BA), que disse que a manutenção do Fundo Constitucional do DF no regime fiscal vai comprometer não apenas a atual, mas as futuras gestões distritais.

 

“Comenta-se que pode haver um rombo de R$ 87 bilhões em 10 anos no orçamento de Brasília. Se confirmado, estarei me irmanando à bancada do Distrito Federal no Senado, e com o governador Ibaneis [Rocha], para tentarmos reverter esse possível rombo. Temos que considerar que Brasília é a nossa capital, além de cartão postal, onde quase tudo acontece. Por informações recebidas, os recursos do Fundo custeiam, principalmente, a segurança pública, além de auxiliar, também, as despesas de saúde e educação da nossa capital. Pelo visto querem inviabilizar nossa capital”, disse Coronel. “Pergunto: a quem interessa prejudicar Brasília?”, completou – que está internado após um novo diagnóstico de Covid-19.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

EUA anuncia ajuda humanitária a Cuba após passagem do furacão Melissa

Os Estados Unidos comunicaram neste domingo (2/11) que enviarão ajuda humanitária para os moradores de Cuba afetados pelo furacão Melissa. A tempestade deixou...

Homem é esfaqueado após discussão entre irmãos em distrito de Jacobina

Um homem foi esfaqueado na tarde deste domingo (2) nas proximidades da Praça Reinaldo Magalhães, no distrito de Lages...

Imagens mostram assalto ocorrido antes de tiroteio em avenida de SP

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra quatro homens supostamente assaltando pessoas na região da avenida Giovanni Bronchi, na zona oeste de...