Vereador denuncia supostas irregularidades na compra de kits emergenciais pela prefeitura de Santa Cruz Cabrália

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Um vereador de Santa Cruz Cabrália, município do Litoral Sul da Bahia, publicou um vídeo em suas redes sociais denunciando supostas irregularidades por parte da Prefeitura Municipal na compra de colchões, kits dormitórios, cestas básicas e kits de higiene, após o Governo Federal repassar R$ 2.300.000,00 para atender à população afetada pelas chuvas que atingiram a cidade no mês de abril deste ano. A prefeitura, através de uma nota de esclarecimento, negou qualquer tipo de irregularidade.

 

De acordo com a denúncia do vereador Girlei Lage, a prefeitura fez um contrato com uma empresa de denominada BN Informática, localizada no município de Jaguaquara, para compra dos itens de forma emergencial, que seriam doados para famílias afetadas pelas chuvas. O edil apontou que a empresa não seria do ramo para o qual ela foi contratada e que não entregou os kits montados, conforme consta o contrato.

 

Ao Bahia Notícias, o prefeito Agnelo Santos negou que a empresa não seja do ramo e que “todos os itens estão em processo de finalização do recebimento, para organização dos produtos e entrega imediata”.

 

Em nota, a prefeitura detalhou que após as fortes chuvas, alertou a população e colocou a disposição da população todos os aparatos da Defesa Civil Municipal. Posteriormente, solicitou apoio aos Bombeiros Militar e Defesa Civil nas esferas municipal, estadual e federal, criou um Gabinete de Crise, recebeu o governador Jerônimo Rodrigues e o ministro Rui Costa, entregou marmitex diariamente para pessoas que perderam eletrodomésticos de cozinha, além de solicitar ao Governo Federal uma ajuda humanitária.

 

“Foram aprovados R$ 2.300.000,00 (dois milhões e trezentos mil reais) para serem usados da seguinte forma: 3.000 colchões; 3.000 kits dormitório (travesseiros, fronha, lençol e cobertor); 3.000 cestas básica; 1.500 kits limpeza; 6.000 kits higiene pessoal”, escreveu.

 

No vídeo, o vereador entrou em um local onde estavam armazenados os produtos adquiridos pela prefeitura. No momento, Girlei encontrou e abordou um motorista que transportava mais materiais, mas que, segundo o denunciante, não portava notas fiscais.

 

O prefeito Agnelo negou essa versão, afirmando que o condutou se negou a apresentar a nota por não conhecer o vereador.
Girlei contou também que funcionários tentaram impedir a sua entrada no local, e que ele precisou acionar a polícia para fazer a fiscalização. Já o prefeito disse que foi ele quem chamou as autoridades policiais, por conta do comportamento alterado do edil.

 

O vereador questionou, em suas redes sociais, o motivo pelo qual o prefeito não contratou uma empresa da mesma cidade e criticou a demora para a entrega dos donativos.

 

Agnaldo julgou a ação do vereador como uma tentativa de abalar a gestão, tendo em vista que ele é o único da oposição no município. “Ele está jogando merda no ventilador”, disse.

 

O prefeito disse também que foram comprados 200 fogões com recursos próprios do município, que foram distribuídas com remessas de cestas básicas em meados de maio.

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