Nesta quinta-feira (18) é celebrado o Dia Internacional dos Museus. Para a Bahia, os espaços culturais deste segmento terão ainda mais motivos para comemorar, com a abertura de dois novos equipamentos. Em entrevista ao BN Hall, a diretora do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), Luciana Mandelli, declarou que o Palacete das Artes, em Salvador, a partir de julho passará a ser o Museu de Arte Contemporânea da Bahia, e que o Museu do Recôncavo, o antigo Museu Wanderley de Pinho, localizado em Candeias, será aberto em agosto.
Para a diretora do Ipac, a ideia da revitalização e valorização desses espaços é proporcionar uma nova experiência curatorial e ampliar o acesso à cultura.
“O Dia Internacional dos Museus está trazendo para nós, por meio da semana de museus, uma série de coisas para comemorarmos. Primeiro que nessa retomada da democracia brasileira os museus são fundamentais por causa da nossa história e temos a comemorar muito pela volta dos sistemas de cultura do Brasil, a reorganização do Ministério da Cultura, a reorganização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e das outras organizações nacionais que ajudam a impulsionar a cultura e que são fundamentais para conseguirmos fazer isso aqui na Bahia também”, destacou.
Ainda em conversa com o BN, Luciana explicou que os museus da Bahia são de responsabilidade do Ipac, sendo 10 que estão diretamente ligados ao orçamento do órgão. Os outros museus se conectam à autarquia através do sistema e de uma ponte de diálogo sobre as curadorias e atividades. “Nós temos feito um esforço de fazer um investimento para que os museus se tornem equipamentos multifuncionais e dialoguem com outras linguagens artísticas além das artes plásticas e mesmo dentro das artes plásticas ter uma variação de atividades, seja para além de exposições, residências que dialogam com esse momento das artes mais contemporâneas”, afirmou.
Questionada sobre a frequência atual do público nos museus, a diretora do Ipac respondeu que essa avaliação é delicada por estarmos vindo de uma pandemia. De acordo com ela, nesse período os equipamentos culturais ficaram fechados e as pessoas perderam um pouco da rotina de visitação a locais públicos. Diante dessa realidade, Luciana vê as redes sociais como aliadas.
“Elas [as redes sociais] têm sido uma ponte fundamental para atrair novos visitantes para os museus e para que possamos dar visibilidade aos conteúdos que cada um dos museus têm. Para além das redes sociais em si, o próprio trabalho de digitalização dos nossos acervos e disponibilização desses acervos por meio de serviços como Google Museus, por exemplo, são de extrema importância. A internet é uma aliada importantíssima das artes e as redes sociais são um instrumento a partir dela que dialoga e abre espaço para tirar dúvidas e ampliar o conhecimento sobre os nossos conteúdos e acervos”, apontou.
A diretora do Ipac também ressaltou as ações da autarquia para fomentar a cultura através dos museus, com investimento e incentivo do turismo da Bahia com visitação a esses equipamentos culturais. “A nossa campanha começa dizendo que os museus fazem parte da viagem […]. Não existe você viajar para um lugar e não conhecer um museu da cidade. Viajamos justamente para conhecer a história e um pouco da cultura de cada lugar. Para nós é fundamental que os museus façam parte do nosso trade turístico”, afirmou.
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