Brasil encara Guiné com interino, novatos e remanescentes da Copa

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Há quase três meses, o Brasil começava seu novo ciclo. Àquela época, o técnico Ramon Menezes era convocado para liderar a equipe canarinha diante do Marrocos, no que imaginava-se ser sua única oportunidade no cargo. Afinal, a expectativa era que um treinador definitivo chegasse logo. Mas a realidade não foi assim – e o interino será novamente responsável pelo comando da Seleção. Dessa vez, serão dois jogos em sequência. O primeiro será contra Guiné, neste sábado (17), às 16h30, no estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona. Depois, o Brasil enfrenta Senegal, na terça-feira (20), em Lisboa. Em sua primeira experiência à frente da Seleção, Ramon usou a oportunidade para fazer testes. Promoveu a estreia de seis jogadores, incluindo o jovem Andrey Santos, que foi titular. Já estava de olho no Mundial sub-20, onde chegou até as quartas de final.  Com apenas cinco remanescentes da eliminação para a Croácia na Copa do Mundo do Catar (Éder Militão, Casemiro, Lucas Paquetá, Rodrygo e Vinícius Junior, além de Antony, que entrou no segundo tempo), o Brasil mostrou dificuldade no entrosamento e acabou derrotado por 2×1. Agora em sua segunda chance, o treinador deve fazer menos experiências. A tendência é que a escalação contra Guiné tenha nove jogadores que atuaram durante o Mundial de 2022. As únicas novidades devem ser o lateral-esquerdo Ayrton Lucas, do Flamengo, e Joilinton, do Newcastle, ambos convocados pela primeira vez nessa data Fifa. “Nós fizemos uma convocação com jogadores com histórico de seleção brasileira. Experientes e acostumados a vestir a camisa da Seleção, referências. E sempre oportunizando novos atletas. Foi o caso do Ayrton Lucas, que vem muito bem no Flamengo. O Joelinton vem muito bem, também. Já mostrou isso nos treinamentos e tenho certeza de que vai fazer um grande jogo”, disse Ramon. No primeiro trabalho tático, na terça-feira (13), o técnico começou com Alex Telles na lateral esquerda, mas testou Ayrton Lucas. Daí em diante, o jogador do Flamengo só treinou entre os titulares. O jogador vive grande fase no rubro-negro carioca, com seis gols e quatro assistências. Já Joelinton entra na posição que foi ocupada por Lucas Paquetá na Copa, de segundo volante. Mas o meia do West Ham não saiu da equipe: entrará na vaga do lesionado Neymar. O jogador do Newcastle, aliás, assumiu a posição há pouco tempo. Até o fim de 2021, era atacante. Mas aceitou ser recuado e se destacou. “Fizemos uma semana muito boa. Como sempre, fui muito bem recebido pelos atletas, todos viram os cinco treinamentos, e meu relacionamento tem sido ótimo. Todos sabem minha função e meu papel”, afirmou Ramon. “O pensamento é sempre de ajudar e sempre agradecendo ao presidente pela oportunidade. Vamos fazer um ótimo jogo e todos os 23 podem entrar e jogar. São todos de altíssimo nível técnico. Olho e vejo o prazer por estarem aqui e vestindo a camisa da Seleção”, completou. O treinador tem apenas uma dúvida para definir os titulares contra Guiné. O goleiro Alisson sofreu uma leve lesão na mão e deixou o último treino mais cedo. Se não tiver condições de atuar, deve ser substituído por Weverton, do Palmeiras. A provável Seleção tem: Alisson (Weverton), Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Ayrton Lucas; Casemiro, Joelinton e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini Jr e Richarlison. Esse será o primeiro confronto do Brasil contra Guiné. Apesar de ter pouca tradição no futebol, o rival conta com diversos jogadores que atuam no futebol europeu em seu elenco, como o zagueiro Diakhaby, do Valencia (que não deve atuar por lesão), e o atacante Guirassy, do Stuttgart. A grande estrela é o meia Naby Keïta, vencedor da Liga dos Campeões e Mundial de Clubes pelo Liverpool. Recentemente, o jogador deixou a Inglaterra rumo a Alemanha, para atuar no Werder Bremen. “Nós vimos alguns vídeos sobre Guiné. São rápidos, têm um ex-jogador do Liverpool, Keita. Ótimo jogador. Temos que estar bem preparados, pois são físicos e correm muito. Nós temos que jogar com muito foco, porque se não teremos um jogo difícil”, avaliou o lateral-direito Danilo. “É bom para nós, um oponente difícil. É especial jogar contra este tipo de time. Esperamos que possamos jogar um bom jogo, mostrar nossas qualidades e vencer”, completou. O amistoso também marca outro momento inédito: será a primeira vez que a seleção jogará com uniforme preto, em 109 anos de história. A iniciativa faz parte de uma série de ações organizadas pela CBF contra o racismo. A cor será usada apenas durante o primeiro tempo. Na etapa final, a equipe atuará com a tradicional amarelinha.
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