Comunicação é para o povo

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Esta semana, representei o secretário estadual de Comunicação de Alagoas, Joaldo Cavalcante, no 1º Fórum Nacional de Secretarias Estaduais de Comunicação, realizado em Salvador (BA). O encontro serviu para oficialmente criar o Conselho Nacional de Secom’s estaduais, com o objetivo de unir forças para sanar “dores” que são comuns provavelmente a todos os órgãos de comunicação dos governos estaduais.

A primeira missão estabelecida foi a elaboração de mecanismos de combate à fake news, que possam ser adotados em conjunto. Hoje, há um gasto considerável de recursos públicos e de energia de assessores de comunicação estaduais para corrigir, desmentir e desmascarar desinformações lançadas contra o poder público ou políticas públicas.

Lutas inglórias foram enfrentadas durante a pandemia da Covid-19, com nefastas campanhas antivacinas, e, nos últimos meses, com os episódios de ataques às escolas, quando a divulgação de vídeos e mensagens levou pânico por todo o País. Nos dois casos, as Secom’s precisaram suar a camisa para salvar vidas.

Ainda neste campo, há ainda uma preocupação com a difusão excessiva de matérias sobre violência, de forma que é possível constatar horas de veiculação e centenas de matérias caça-clique, que pouco contribuem para informar a população e estão mais centradas em conquistar atenção pelo emocional. É fato que faltam protocolos ou, ao menos, percebe-se uma clara ausência de respeito aos manuais de procedimentos e estudos sociais sobre esses assuntos.

É papel das secretarias estaduais de Comunicação debater esses assuntos? Entendemos que sim! As pastas de Comunicação de 27 estados são responsáveis por uma injeção bilionária de recursos financeiros nos veículos de imprensa, agências de publicidade e empresas correlacionadas. São as Secom’s também que estão diariamente em diálogo com as redações, grupos comunicacionais e formadores de opinião. Entender a força econômica e política só não é mais importante que ter a real dimensão de propósito da comunicação pública, que é o de prestar um serviço público que melhore a vida do cidadão lá na ponta.

No lançamento da Galeria de Imagem Falcon Barros, em Alagoas, o fundador da Secom Alagoas, o ex-secretário José Osmando, nos lembrou que a secretaria não foi criada para divulgar a imagem do gestor, ainda que seja legítimo e esperado que os governadores sejam porta-vozes de mensagens para o povo que o elegeu. No entanto, a função primordial dessas secretarias é defender a sociedade das mentiras, orientar sobre serviços e boas práticas e entregar mensagens que possam construir um Estado e um País melhor para esta e as demais gerações.

Wendel Palhares é secretário-executivo de Comunicação do Alagoas.

 

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