O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), possuía a minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e alguns “estudos” destinados a dar suporte a um eventual golpe de estado. Os documentos foram encontrados no celular do ex-auxiliar do ex-presidente da República por agentes da Polícia Federal. A descoberta foi noticiada por Malu Gaspar em sua coluna no jornal O Globo.
Segundo apurou a jornalista, Cid esteve na sede da PF em Brasília nesta terça-feira (6), para prestar esclarecimentos sobre o novo conjunto de evidências. No despacho que autorizou a oitiva de Cid, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), diz que o ex-ajudante de ordens “reuniu documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado”.
O texto evidencia que o material trata “da possibilidade de emprego das Forças Armadas em caráter excepcional destinados a garantir o funcionamento independente e harmônico dos poderes da União”. De acordo com a publicação, a polícia queria saber quem preparou os tais estudos e para quem eles estavam sendo compilados, entre outras coisas. Não há, por enquanto, sinal de que os documentos tenham sido enviados a Bolsonaro pelo celular.
O material em questão foram encontrados em mensagens de texto trocadas com o sargento Luis Marcos dos Reis, preso junto com ele no início de maio na operação que apura fraudes nos cartões de vacinação de diversas pessoas, entre elas o ex-presidente e sua filha Laura. Reis deve ser ouvido nesta quarta-feira pela PF.
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