Após semana conturbada na relação com Artur Lira (PP-AL), a orientação no governo é evitar atritos ao máximo com o presidente da Câmara e aguardar que a semana que começa hoje, mais curta por conta do feriado de Corpus Christi, ajude a desanuviar o ambiente.
A ação da Polícia Federal que atingiu uma pessoa próxima a Lira, um assessor da liderança de seu partido, o PP, na Câmara, na manhã seguinte e horas depois da aprovação da medida provisória da reestruturação dos ministérios é tratada com muita sensibilidade.
Entre os congressistas, uma frase do discurso do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), já na madrugada, de agradecimento ao esforço de Lira para aprovar o texto do governo, virou razão de galhofa. Disse Guimarães:
“O governo haverá de reconhecer o seu papel e o gesto que Vossa Excelência teve na condução dos trabalhos para não permitir que esta matéria caducasse e pudesse ser entregue, neste momento, ao Senado Federal”.
E foi o dia raiar para a PF entrar em cena contra uma pessoa ligada ao presidente da Câmara. Guimarães, nem nenhum petista da Câmara, ao menos, tinha conhecimento dessa operação.
Muito se fala de uma dura reação de Lira ao episódio, com retaliações nas votações de interesse do governo.
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