Brasil é quarto país que mais baixa apps, com 10 bilhões de downloads em 2023

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

(FOLHAPRESS) – O Brasil é o quarto país que mais faz downloads de aplicativos para celular no mundo -atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos. Brasileiros baixaram mais de 10 bilhões de apps em 2023, mostra relatório da startup de inteligência de mercado Rocket Lab.

Entre os países que mais gastam, o Brasil fica em 11º lugar, depois dos ricos China, EUA, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido, Alemanha e Canadá.

A Rocket Lab elege o mercado de publicidade como a área com mais potencial na economia digital brasileira, mas cita a concorrência e a falta de padrões de mensuração como desafios para avançar na atividade.

Embora o volume de dinheiro investido em anúncios tenha caído 2% ao redor do mundo, cresceu 21% no país. Os investimentos publicitários globais ficam na casa dos US$ 336 bilhões (R$ 1,64 trilhão).

O Brasil hoje é um país estratégico porque, apesar de ser muito representativo no quesito downloads, ainda tem de amadurecer em rentabilidade de apps, segundo o vice-presidente da Rocket Lab Guilherme Basani.

“As empresas precisam fazer que seus clientes usem cada vez mais os seus aplicativos a partir de uma boa experiência, de comunicações mais estratégicas e uma proposta de valor mais coerente com o que o mercado local está disposto a vivenciar”, diz Basani.

Dados da TIC Domicílios, do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), mostram que 85% da população brasileira com mais de dez anos têm acesso à internet móvel, o que fica acima do número global levantado pela Rocket Lab: 66,6%,

Os donos de dispositivos móveis passam em média cinco horas por dia em frente às telas, em que 88% desse período é dedicado ao uso de aplicativos mostra o relatório “Análise do Mercado Mobile 2023.”

As redes sociais são o principal foco do investimento em anúncio e mobilizam 4,76 bilhões das 5,16 bilhões de pessoas com acesso à internet no mundo. Este número equivale a 63% da população.

As pessoas hoje compram mais em aplicativos de smartphone (58%, em 2022) do que na internet (42%). Os aparelhos móveis já haviam assumido a preferência no ano passado.

No mundo, os aplicativos de streaming de produções audiovisuais lideram a lista de segmentos mais rentáveis via gasto direto do usuário em 2022. Netflix, HBO Max, Amazon Primevideo, Hulu e Disney+ compõem o setor, que recebeu US$ 7,2 bilhões (R$ 35 bilhões) no ano passado.

Com a aposta dessas empresas em conteúdos exclusivos, a RocketLab projeta que os usuários gastarão US$ 14 bilhões com streaming de vídeo em 2027.

Aplicativos de namoro, de vídeos curtos e compartilhamento de vídeo, quadrinhos e música completam a lista dos gastos favoritos dos usuários durante a navegação no celular. No total, as pessoas gastam US$ 167 bilhões diretamente no aplicativo.

Apenas no Brasil, os aplicativos de streaming faturam juntos US$ 4,2 bilhões (R$ 20,47 bilhões) por ano. A maior parte desse dinheiro vem de publicidade -US$ 2,42 bilhões (R$ 11,79 bilhões).

A Rocket Lab estima que esse setor da economia vai ter receita de US$ 5,84 bilhões (R$ 28,46 bilhões) em 2027.

Os novos atores do setor bancário deverão liderar o mercado de aplicativos móveis nacional em 2023. O segmento deverá movimentar US$ 224,7 bilhões (R$ 1,095 trilhão) neste ano, projeta a Rocket Lab.

Até 2027, bancos e plataformas de pagamentos digitais devem chegar a 146 milhões de usuários. Os aplicativos mais baixados de 2022 foram Nubank, Caixa Tem, FGTS, PicPay e C6 Bank.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

OpenAI corre para lançar GPT-5.2 após avanço do Google

A OpenAI está prestes a lançar uma atualização significativa do ChatGPT ainda esta semana. Após o surgimento de concorrentes como o Gemini 3...

Como IA pode turbinar a nova era da exploração espacial, segundo pesquisadores

A corrida por inovações em missões espaciais enfrenta um desafio importante: a propulsão. A boa notícia é que a inteligência artificial (IA) pode...

Após multa, Elon Musk diz que União Europeia deveria ser abolida

A União Europeia aplicou uma multa de 120 milhões de euros à rede X (antigo Twitter) devido a violações relacionadas ao selo azul...