Superintendente do IBGE diz que história e autoafirmação explicam quilombolas em Senhor do Bonfim

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Os dados que apontaram Senhor do Bonfim, no Piemonte Norte do Itapicuru, com a maior população quilombola do país chamou a atenção do superintendente do IBGE na Bahia, André Urpia. Longe de Salvador, a quase 400 quilômetros, e do Recôncavo, locais de presença negra marcante, a região ainda tem Filadélfia, com 35,46% da população quilombola. Urpia acredita que ciclos econômicos históricos e autoafirmação podem estar associados.  

 

“A gente tem que olhar um pouco da história específica. Ali tem o ciclo do ouro que levou muito contingente negro para a região. Muita gente se criou ali. E durante a pesquisa, as lideranças quilombolas ali contribuíram muito para o resultado. Pessoas se reconheceram”, disse ao Bahia Notícias.

 

No Censo 2022, primeira vez que se contou a população quilombola, os recenseadores só entrevistavam pessoas em locais onde havia presença de habitantes nesta condição. O fato de a Bahia registrar a maior população quilombola do país, quase 400 mil pessoas, surpreendeu de forma positiva o superintendente.

 

 “Nós tínhamos a expectativa de ter um contingente grande, mas a Bahia confirmou isso ainda mais”, declarou.

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