Nesta quinta-feira, 20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, lançaram a Agenda de Reformas Financeiras ciclo 2023-2024. A pasta pretende implementar mudanças no Mercado de Capitais e de Crédito, além no Mercado de Seguros e de Previdência Complementar Aberta. Segundo os representantes, foram analistas 120 propostas de entidades do setor e selecionados 17 temas da microeconomia, considerados de extrema relevância para o desenvolvimento econômico. O plano do Ministério da Fazenda é que sejam instaurados grupos de trabalho e fóruns de discussão para que, a partir do próximo ano, sejam apresentados projetos de lei e políticas públicas em relação aos assuntos debatidos. Com isso, o órgão pretende apresentar uma nova onda de reformas, formuladas em colaboração com o setor privado, ao Congresso Nacional em 2024. Durante o evento de lançamento, Fernando Haddad pontuou os esforços do Ministério da Fazenda para melhorar o cenário econômico e criticou o governo anterior.
“Não adianta ter ilusões a respeito da melhoria do bem-estar, dos resultados fiscais e do crescimento do PIB. Não tenhamos ilusões. Se a gente não endereçar essas reformas e fazer o país crescer, as tensões logo mais vão se acirrar novamente. O que nós precisamos agora é nos afastar deste ambiente de acirramento de tensões e voltar a promover o desenvolvimento em harmonia entre os Poderes e as agências para a gente conseguir vislumbrar um horizonte para o país. Sou um otimista. Sempre fui. Não é possível fazer política sem ser otimista”, declarou Haddad.
O ministro também foi crítico à condução da economia durante a gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estamos revertendo várias decisões que foram tomadas no campo macroeconômico que, na minha opinião, foram desastrosas para a economia brasileira. Sobretudo as do ano passado. Tivemos coragem de tomar uma série de medidas delicadas, mas soubemos conduzir de forma a minorar o impacto social, como foi o caso da reoneração de combustível e do debate sobre o Carf”, exemplificou. Ele ainda pontou que o Congresso Nacional tem dado uma demonstração de maturidade que deve ser aplaudida e reforçou a necessidade de harmonia no Brasil. “O país está cansado, 2013 a 2022 foram tempos de exasperação. Nós temos que mudar este tom e fazer essa agenda progressiva”, defendeu.
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