O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) recebeu uma interpelação criminal de um filiado do Partido dos Trabalhadores (PT) após associar a sigla ao tráfico de drogas, durante discurso na Assembleia Legislativa da Bahia, no dia 19 de abril. Na ocasião, o bolsonarista afirmou também que o PT estava “fazendo política em cima das mortes de crianças nas escolas”.
A interpelação foi feita por Alex Cruz dos Santos, de 24 anos. Ele disse que ingressou com o processo por não aceitar as “ofensas” proferidas pelo deputado e apontou que Leandro teria praticado crime contra a honra de membros e filiados ao partido.
O Bahia Notícias teve acesso à interpelação criminal do processo registrado no dia 20 de abril. O documento apontou que o deputado “incitou todos os membros e filiados do Partido dos Trabalhadores, não só aqueles que estavam presentes na sessão, mas todos que fazem parte dele”.
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A interpelação pontuou também que as declarações têm “conteúdo injurioso” e apresenta um pedido de esclarecimentos do deputado à Justiça.
“Deste modo, faz-se necessário demonstrar que a subjetividade das declarações proferidas pode ter o condão de possuir grave conteúdo injurioso (e até difamador ou caluniador), a depender do elemento volitivo que determinou a sua construção. O conteúdo do discurso do Interpelado é impreciso e, por tal razão, merece esclarecimentos”.
“Diante deste contexto, é inequívoco que a presente interpelação deverá prosseguir para, ao fim, se obter do Interpelado esclarecimentos de forma a explicar, em Juízo, o efetivo significado das declarações prestadas”, diz o documento.
Ao Bahia Notícias, o deputado Leandro de Jesus afirmou que a interpelação criminal recebida por ele é uma espécie de “perseguição” que os opositores ao PT estão sofrendo no país.
“Hoje, se você se manifestar contra o PT e a esquerda, você corre o risco de ser censurado, preso, e em caso de políticos, até perder o mandato. É uma verdadeira perseguição, não há outra palavra. O próprio ex-governador Rui Costa defendeu a regulamentação das drogas ao dizer que a prática empregava jovens”, apontou o parlamentar.
Leandro relatou ainda que não vai se “calar” e que seus discursos na Assembleia Legislativa devem continuar seguindo “uma linha de denúncias e críticas contra a esquerda”.
“Podem fazer o que for, não vão me calar, nem limitar a minha palavra. Enquanto vida eu tiver, seguirei a mesma linha de denunciar esses desmandos daqueles que colocaram a Bahia nos piores índices do Brasil em segurança pública, saúde, educação e economia”, pontuou.
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