O Bahia segue pressionado pela zona de rebaixamento no Brasileirão. Na tarde deste sábado (8), o Esquadrão voltou a tropeçar e só ficou no empate em 1×1 com o Cuiabá, na Arena Pantanal. O resultado levou o time aos 13 pontos, apenas dois a mais que o Goiás, que abre o Z4 e ainda joga na rodada. Foi uma partida nada memorável do tricolor, principalmente no primeiro tempo. Pouco produtivo, o Bahia foi para o intervalo com apenas uma finalização e atrás no placar: Deyverson havia convertido um pênalti bobo cometido por Chávez. O lance envolvendo o equatoriano foi criticado pelo técnico Renato Paiva, que também reconheceu o começo de jogo ruim do Esquadrão. “A partir daí, a estratégia que tínhamos montado… Porque era uma estratégia em função de dois jogos, este e o próximo. Queríamos estar competitivos hoje, mas também na Copa do Brasil. Neste espaço de tempo, temos que pensar também no próximo, projetando o descanso de algumas peças. Quando nós sofremos o gol, infelizmente, tivemos que ir atrás, reagir”, completou o treinador. Mesmo atrás no placar, o Bahia continuou sem mostrar qualquer ímpeto e deixava o Cuiabá jogar. Paiva, então, fez duas mudanças ainda no primeiro tempo: tirou Chávez e Vítor Hugo para as entradas de Ryan e Ademir. Aos 40 minutos, saiu, enfim, a primeira finalização tricolor no jogo, em lance individual de Kayky. Segundo Paiva, a substituição de Vitor Hugo foi uma opção tática, para promover mudança no sistema. Vale lembrar que o Bahia havia sido escalado com a volta dos três zagueiros, além das entradas do próprio Vitor Hugo, de André, Thaciano, Mugni e Vinícius Mingotti. “Tirei o Vitor não por questões de jogar bem ou jogar mal. Eu tinha que tirar um zagueiro, para ter alguém mais para frente, mudar o sistema, então optei pelo Vitor. Porque o Gabriel e o Kanu vêm de um bom jogo contra o Grêmio, com ritmo. Portanto, optei por deixar os dois”, explicou. “Mudamos o sistema para sermos um pouco mais ofensivos, em termos de pressão ao adversário. Porque queríamos jogar no erro dele, exatamente por causa do desgaste e do calor que estava, da umidade. Quando mudamos o sistema, a equipe respondeu muito bem. Começamos a subir e acabamos, a partir dos 30 minutos, tomando conta do jogo. E somando oportunidades, ao contrário do Cuiabá”, disse. Já a saída de Chávez, segundo o técnico, se deu por lesão. “Chávez começou a acusar um incômodo na perna; a partir daí, foi Ryan. Ryan tem que jogar contra o Grêmio, porque Chávez está machucado. Acho que sim, as mudanças foram surtindo efeito”, falou. Na etapa final, o Bahia melhorou e chegou ao empate com gol contra de Empereur. O tricolor continuou produzindo, mas a virada não veio e o 1×1 foi selado. Para Paiva, foi um resultado justo. “Na segunda parte, tem uma entrada forte nossa. Outra vez, ir atrás, procurar o gol insistentemente, até conseguir. Nos últimos 10, 15 minutos, em que o Cuiabá reage, mexe, refresca. Nós também tentamos, mas há, de fato, uma reação da equipe adversária. Parece que o resultado é justo, tirando as oscilações”, avaliou. O Bahia agora muda a chave e passa a focar na Copa do Brasil. O Esquadrão visita o Grêmio em Porto Alegre nesta quarta-feira (12), às 19h, pelo jogo de volta das quartas de final. Como a ida terminou em 1×1, quem vencer fica com a vaga. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis. Paiva projetou o confronto e falou sobre a possibilidade de contar com Cauly, que segue em recuperação de lesão na coxa. “Estamos tentando esse milagre, que Cauly consiga recuperar deste problema que sentiu durante a primeira parte do jogo contra o Grêmio. Sabemos da dificuldade que é jogar na casa do vice-líder do campeonato, uma equipe que está muito bem. Mas o que eu disse aos jogadores é que é uma equipe contra a qual fizemos dois jogos, onde, tirando mais ou menos a segunda parte do jogo do Campeonato Brasileiro, fomos superiores. Nas quatro partes, vi três partes superiores do Bahia, que não conseguiu consumar o resultado. Foi pena. Com gols sofridos mesmo no final”, comentou. “Corrigir esses detalhes e ir para Porto Alegre, com muito respeito, mas com zero medo. É um mata-mata. Sabemos do peso da torcida, que vai encher o estádio, com certeza. Nós temos que jogar 11 contra 11. A torcida adversária só joga se nós deixarmos. Portanto, a partir daí, os jogadores têm que estar preparados para isso. E a nossa trajetória na Copa do Brasil tem sido imaculada, zero derrotas. Acredito muito neste grupo e que este grupo possa dar uma resposta e passar para as semifinais”, finalizou.
Paiva admite início ruim do Bahia: ‘Totalmente apáticos e ausentes’
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