O caso Luan teve uma reviravolta nesta quarta-feira, 5. O delegado Daniel José Orsomarzo, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), anunciou que a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o uso de arma de fogo por parte de torcedores do Corinthians em agressão ao jogador Luan, na madrugada de ontem em um motel na zona oeste da capital paulista. O meia e mais cinco amigos estavam em um quarto com algumas mulheres e foram agredidos pelos torcedores organizados. Segundo Orsomarzo, a notícia da arma apareceu na tarde de ontem. “Ontem no período da tarde, foi registrado um B.O. na 2ª DP de Barueri por dois amigos do atleta e trouxe uma notícia que não era antes conhecida, que havia uma arma de fogo no motel. Diante deste contexto o panorama muda e saímos de uma ação pública condicionada a representação e partimos para uma ação pública incondicionada onde o delegado atua de ofício, ou seja, o inquérito foi instaurado e estamos intimando os amigos, vamos intimar o pessoal do hotel, inclusive os policiais militares que estiveram lá para explicar a ocorrência e precisamos de mais indícios dessa arma para saber o que aconteceu”, explicou o delegado.
Essa ação significa que a Polícia não precisa de uma manifestação de vontade de Luan ou de seus amigos para a investigação. Lembrando que o jogador informou ao seu staff que não registraria um Boletim de Ocorrências. Questionado sobre se a ação é considerada uma tentativa de homicídio, o delegado confirmou que há essa possibilidade. “Todas as hipóteses estão sendo analisadas, a tipificação é dinâmica, num primeiro momento a gente adicionou o porte de arma, mas é claro que os amigos vindo aqui e dando o depoimento pode-se mudar para a tentativa de homicídio”, declarou. Segundo o Artigo 131 do Código Penal Brasileiro, uma pessoa condenada por tentativa de homicídio pode pegar de 6 a 20 anos de prisão, havendo a possibilidade de diminuição de pena por questões de comportamento.
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