A delação premiada do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz revelou que houve uma tentativa de matar a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, ainda em 2017. O PM está preso desde 2019 e confessou ser o motorista do carro usado no atentado em março de 2018.
Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, a delação de Élcio ocorreu há cerca de 15 dias e já foi homologada pela Justiça. Segundo detalhes revelados pelo G1, o ex-PM teria afirmado que Ronnie Lessa, autor dos disparos contra a vereadora, teria desabafado que havia tentado matar Marielle, mas sem sucesso.
Ainda de acordo com a delação, Ronnie contou que o homicídio não foi consumado porque na hora, Maxell – ex-bombeiro preso nesta segunda-feira (24/7) – disse que o carro apresentou problemas e falhou. Por outro lado, o autor acreditava que o bombeiro teria ficado com medo de continuar.
Maxwell, conhecido como “Suel”, foi alvo da primeira fase da Operação Élpis da Polícia Federal (PF), que assumiu a investigação dos homicídios. Em 2021, o bombeiro já havia sido condenado por atrapalhar as investigações.
Em entrevista coletiva, Dino afirma que a delação e a prisão de Suel devem resultar em novas operações nas próximas semanas. O ministro também destacou que apuração da execução do crime já está completa e vai levar a investigação a novos patamares, tendo como novos alvos os mandantes.
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