Gleisi sobre Moro e acusações do CNJ: ‘Vai responder por gestão caótica’

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A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que o senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz federal que esteve à frente da Operação Lava-Jato, e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador e coordenador da força-tarefa, irão “responder” pela “gestão caótica” que eles promoveram nas investigações. 
A fala da parlamentar está relacionada às declarações da Corregedoria Nacional de Justiça, ligada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que identificou “uma gestão caótica no controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados com o Ministério Público Federal e homologados pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba” no âmbito da Operação Lava-Jato. 
O documento, divulgado nessa sexta-feira (15/9), aponta para a “ocorrência das infrações” e recomenda o aprofundamento da correição extraordinária – autorizada em maio pelo ministro Luís Felipe Salomão -, que corre em sigilo.
“Fizeram o que fizeram com o país, alimentando a criminalização da política, destruindo empresas e empregos, agora o ex-juiz parcial e o procurador cassado vão ter que responder por essa gestão caótica. Tudo tem que ser passado a limpo para que jamais o Estado seja usado como trampolim político como esses dois fizeram”, disparou Gleisi em suas redes sociais, na tarde deste sábado (16/9).
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Gleisi também rebate uma declaração do senador Sergio Moro, que afirmou que o relatório foi feito “sem base em fatos”. “Indícios de infrações disciplinares na Lava-Jato e desmandos na destinação de valores bilionários dos acordos feitos são embasados em depoimentos de juízes, desembargadores e procuradores da força-tarefa”, disse Gleisi.
A investigação sobre os trabalhos da Lava-Jato foi aberta depois de o CNJ receber mais de 30 reclamações disciplinares contra juízes que atuaram na 13ª Vara Federal, em Curitiba, e desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). 
O objetivo da apuração é identificar o que motivou a celebração de acordos com empresas envolvidas na Lava-Jato, principalmente a Petrobras, em que se constatou repasse de valores depositados judicialmente e bens apreendidos para a Petrobras e outras empresas, antes de sentença com trânsito em julgado, que usaram esses recursos em interesse próprio para celebrar acordos com a Justiça dos Estados Unidos, onde a estatal também enfrentou processos por corrupção.

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