Governo e CBF assinam acordo para monitorar torcedores e levar mais segurança aos estádios

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assinaram nesta quarta-feira (20), com o Ministério do Esporte, um acordo de cooperação técnica que vai permitir ao governo ter acesso a dados de torcedores que compram ingressos e frequentam os estádios de futebol do Brasil.

 

Batizado de “Projeto Estádio Seguro”, a iniciativa prevê a implementação de políticas de segurança e controle do público nesses locais e tem o objetivo de levar mais segurança aos estádios por meio do aumento do monitoramento e cruzamento de dados dos torcedores. O evento foi realizado no Palácio da Justiça, em Brasília, e contou com a presença dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e dos Esportes, André Fufuca, além do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

 

Entre as medidas previstas estão:

 

– Os ingressos serão individualizados, ou seja, ficarão vinculados a um CPF. Mesmo aqueles entregues gratuitamente pelos clubes;

 

– Uma foto do rosto de quem compra ou ganha o ingresso terá que ser registrada;

 

– As informações desses torcedores e dos ingressos serão enviadas ao Ministério da Justiça. Isso inclui desde a foto e o CPF de quem comprou até o portão e a catraca usados para a entrada. O telefone celular de cada torcedor também será informado à pasta;

 

– Os estádios deverão contar com catracas inteligentes, que vão verificar a validade do CPF registrado nos ingressos;

 

– Implementação de ações de combate ao racismo e à homofobia durante os jogos;

 

– Criação de uma base nacional de torcedores impedidos de acesso aos estádios.

 

A meta é que o “Estádio Seguro” entre em operação ainda este ano, em jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro. As medidas devem afetar desde a venda dos ingressos até a entrada nos estádios.

 

Um projeto-piloto já está em testes no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, desde o final do ano passado. A tecnologia de catracas inteligentes identifica torcedores com mandados em aberto ou com alguma restrição judicial. Um dispositivo é acionado no momento da leitura do ingresso e, caso o sistema identifique um torcedor com restrições, a catraca eletrônica é imediatamente bloqueada.

 

As federações estaduais e distrital e os clubes foram convidados a participar do projeto, mas a adesão não é obrigatória. Para o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o projeto será um importante aliado no combate a violências e atos de racismo.

 

“A CBF está comprometida com essa iniciativa, tenho certeza que as federações e os clubes brasileiros e todos os gestores dos estádios do Brasil também estão. Com racismo não tem jogo, com violência não tem jogo, com o crime não tem jogo. O torcedor irresponsável e criminoso pode ter uma certeza será identificado e punido”, disse Ednaldo Rodrigues.  

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Sargento da PM é sequestrado em Fazenda Coutos e mobiliza operações no Subúrbio de Salvador

Um sargento da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) foi sequestrado na noite deste domingo (28) em Teotônio Vilela, no bairro Fazenda Coutos, subúrbio...

Senadora faz compras em loja de luxo nos EUA com lobista enrolado

Relatora da CPI das Bets no Senado, Soraya Thronicke (Podemos-MS) foi flagrada fazendo compras ao lado do lobista Silvio Assis em uma loja...

Jovem é levado à força de bar e morto horas depois em Eunápolis

Eunápolis registrou mais um caso de violência: um jovem de 23 anos foi morto após ser retirado à força de um bar na...