Conheça animador que criou negócio familiar que se tornou fenômeno

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Nem todos que fazem sucesso na internet começam como um fenômeno viral, de um dia para o outro. Eduardo San Marino e a família levaram cinco anos de trabalho perseverante para fazer o canal Bolofofos, hoje com 10 milhões de inscritos, conquistar um espaço entre as crianças do Brasil e transformá-lo num grande negócio – parte do ecossistema criativo do YouTube, que movimenta R$ 4,55 bilhões no Brasil. E, agora, aproveitando a universalidade da plataforma, pretendem levar esse sucesso ao mundo.

Esse sucesso se deve em parte pela confiança que os pais depositam tanto no YouTube, com contas supervisionadas pelo Family Link, quanto no YouTube Kids, que oferece conteúdos adequados à idade, com controle dos pais.

Segundo dados da consultoria Oxford Economics, como parte do Relatório de Impacto 2022 do YouTube no Brasil, 85% dos pais que usam o YouTube concordam que o YouTube ou YouTube Kids tornam o aprendizado mais divertido para os filhos; 94% deles, que o YouTube ou YouTube Kids oferece conteúdo de qualidade para o aprendizado e/ou diversão dos filhos; e 73%, que o YouTube ajuda a preencher lacunas educacionais ao fornecer uma maneira de acessar informações de qualidade.

Em 2013, quando teve o segundo filho, o paulista radicado em Uberaba (MG) Eduardo San Marino se lançou em um desafio pessoal: diante da dificuldade de encontrar conteúdos infantis que agradassem tanto às crianças quanto aos pais, o jeito era partir, ele mesmo, para a criação.

Eduardo, que trabalhava no ramo publicitário, foi buscar inspiração nos cadernos de desenho antigos deixados num canto. E encontrou de volta uma coelhinha de traços arredondados que seria a primeira na turma de cinco bichinhos que hoje faz e acontece no YouTube.

Assim, em 2014, o canal Bolofofos seria fundado. Com clipes de animação e músicas originais, em gêneros que vão do axé ao heavy metal, Bolofofos parte de situações que os San Marino vivem juntos. 

O sucesso, diga-se, não veio do dia para a noite. No início, era comum Eduardo não conseguir subir um vídeo porque a energia de casa era cortada por falta de pagamento. “Isso com dois filhos, um deles recém-nascido”, rememora. “Precisei de muita perseverança, mas em momento algum duvidei: embora lenta, vi que tinha uma progressão acontecendo, e que aos poucos as pessoas iam se identificando com o humor do Bolofofos”, afirma.

Só em 2021, aos 39 anos, Eduardo finalmente pôde deixar o trabalho publicitário para trás e se dedicar 100% ao canal. “Levou quase cinco anos para conseguir os primeiros 100 mil inscritos; agora chegam 100 mil a cada duas semanas.”

Tempos atrás, a família teve um momento de realização ao ouvir a criação, o Funk do Pão de Queijo, na festa junina do caçula de Ricardo, de 9 anos, aquele que inspirou o canal ao nascer. “Foi a única música que todo mundo cantava junto: a vovó, a criança, todo mundo”, lembra Eduardo. (O Funk do Pão de Queijo aliás tem hoje 1,4 bilhão de visualizações no YouTube — sim, bilhão).

Eduardo ressalta que o lar ainda é onde o casal nasceu: “A gente é feliz mesmo no YouTube”, diz o animador. “O alcance do YouTube é imbatível, é ele que nos dá visibilidade, é a ele que devemos tudo.” 

E, como ocorre em muitos casos na economia criativa impulsionada do YouTube, que gera empregos e renda também de forma indireta, os negócios vão além da plataforma: o Bolofofos investe em licenciamento de produtos como kits de festa, bonecos em pelúcia e vinil, jogo de tabuleiro, caderno de adesivos para colorir e um musical que rodou o Brasil. Em breve, também deve vir uma linha de roupas para uma das maiores redes de lojas do varejo. 

E o plano vai além: quer abarcar o mundo. O canal já tem clipes em outras línguas, como Lasagna song, em italiano, e The Halloween song, em inglês, e a família San Marino pretende investir em internacionalização. “O fato de ser tudo muito verdadeiro, feito com o coração, é o nosso maior ativo”, acredita Duda, ao que Eduardo completa: “E isso vai ser cada vez mais um diferencial no mundo.”

A economia criativa e o entretenimento para crianças e pais no YouTube Casos como os da Família San Marino demonstram a força econômica e o impacto social da plataforma de vídeos mais popular do Brasil. Incluindo não só os criadores, mas também usuários e anunciantes, o impulso à economia criativa gerada por meio do YouTube ajudou a gerar mais de 140 mil empregos. 

São posições de trabalho criadas de forma direta, por pagamentos aos próprios criadores pela audiência, que podem com isso sustentar as famílias, contratar funcionários ou agências para auxiliar no trabalho e realizar sonhos. E também de forma indireta, por meio de contratos de publicidade e produção, vindos da exposição gerada por esses criadores. O comércio também é aquecido pela venda de equipamentos, como câmeras e iluminação para a produção para o YouTube.

Os números são fornecidos pela consultoria independente Oxford Economics, com sede na Inglaterra.

Você pode entender em detalhes no Relatório de Impacto 2022 do YouTube no Brasil

 

A Família San Marino são criadores a quem o YouTube ajudou a ampliar sua voz e encontrar seu espaço na economia criativa. Ao longo desta semana, trouxemos casos de brasileiras e brasileiros contando como, ao fazerem parte da economia criativa por meio do YouTube, um rumo diferente surgiu para sua vida e para suas comunidades.

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