A primeira reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, durou um pouco mais de uma hora nesta quarta-feira, 27. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também esteve presente e disse que o encontro serviu para “construírem uma relação”. Haddad foi o responsável por costurar a reunião, que foi a pedido de Campos Neto. De acordo com o ministro, Lula e o presidente do BC fizeram um encontro institucional com cordialidade. A situação entre o governo e o Banco Central melhorou depois que o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou queda de 0,5% da taxa básica de juros por duas vezes consecutivas. Atualmente, a Selic está em 12,75%, com expectativa de novas quedas até o fim deste ano. Por conta deste patamar, que até o início de 2023 era considerado o maior do mundo, Lula chegou a fazer duras críticas a Campos Neto e a autonomia do BC. Além da reunião com Lula, Roberto Campos Neto também participou de uma sessão da Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados. Na oportunidade, ele afirmou que é importante o governo federal persistir no esforço para zerar o deficit fiscal nas contas públicas, mesmo que o objetivo não seja cumprido. “Não só agora nesse governo, mas estruturalmente tem sido difícil cortar gastos. É importante persistir. Acho que está bem alinhado com o que o ministro Haddad tem dito. É um caminho promissor”, comentou. O presidente do BC também fez uma previsão de que a economia brasileira será maior em relação as expectativas do mercado em 2023 e em 2024. Segundo Campos Neto, a projeção é de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 3% neste ano e de cerca de 2% no próximo ano.
*Com informações do repórter André Anelli.
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