Tarcísio assina contrato de R$ 847 mi para retomar obra do monotrilho

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São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou a retomada das obras do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô, na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo, paralisadas desde maio e que estavam prometidas, originalmente, para ficarem prontas para a Copa do Mundo de 2014, há nove anos.

As obras agora serão tocadas pela empreiteira Ágis Construção S.A. Em 2020, na época da licitação original, a empresa se chamava Ferreira Guedes e havia ficado em sétimo lugar.

Com a desistência do Consórcio Monotrilho Ouro (CM), formado pelas empresas KPE e Coesa (antiga OAS), o governo foi chamando os demais colocados no processo licitatório para ver quem queria assumir o projeto – e só o sétimo colocado topou.

A Ágis topou os termos do contrato, que preveem um pagamento de R$ 847 milhões para o término das obras civis da linha, que já estão 80% concluídas e já consumiram R$ 2,4 bilhões, em valores nominais (sem correção da inflação).

Os trens, por sua vez, estão sendo construídos pela empresa chinesa BYD (que tem uma operação comercial no Brasil para venda de carros e ônibus elétricos). A promessa é que o primeiro trem chegue aqui até junho do ano que vem.

Tarcísio queria, desde que assumiu o governo, que a ViaMobilidade, empresa do Grupo CCR que já tem um contrato de concessão para operar a linha, quando ela ficasse pronta, assumisse o término das obras. As negociações, porém, não prosperaram em meio a dúvidas jurídicas sobre a viabilidade da mudança.

Por isso, o governo optou por fazer uma “convocação de licitante remanescente”, ação prevista na lei das empresas de economias mistas, e passou a procurar as empresas que haviam participado da concorrência original.

Tarcísio estima emitir a ordem de serviço à nova empresa dentro de 30 dias e prometeu que a linha estará operacional ainda em 2026, último ano do atual mandato.

Histórico de atrasos As obras do monotrilho da Linha 17-Ouro tiveram início em 2011, com contratos separados por empresas diferentes para a construção das estações e dos trilhos de concreto. A construtora Andrade Gutierrez confessou, em 2018, constituição de um cartel para executar as obras. O projeto foi anunciado com custo de R$ 3,17 bilhões (ou R$ 6,24 bilhões, em valores atualizados).

Entre 2011 e 2019, as obras foram sofrendo atrasos por razões diferentes, que foram de dificuldades financeiras que atingiram as empresas, envolvidas na operação Lava Jato, a questões como a falência da construtora original dos trens, da Malásia.

Em 2020, o governo fez nova licitação para a retomada dos projetos, vencida pelo consórcio da Coesa. A empresa, por sua vez, também enfrentou processo de recuperação judicial (teve falência decretada pela Justiça, mas reverteu a decisão em agosto) e, segundo o Metrô, abandonou a obra.

Tarcísio decidiu trocar a empresa em maio deste ano. Assim, rescindiu o contrato, que ainda estava vigente, e passou a buscar formas jurídicas para repassar os trabalhos a outra companhia.

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