“Pai da soja”: CPI ouve acusado de financiar atos de 8/1. Siga

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional ouve, nesta terça-feira (3/10), o depoimento do empresário Argino Bedin, conhecido como “pai da soja”. Ele é apontado como um dos financiadores dos atos golpistas em Brasília.

A convocação de Bedin à CPI foi solicitada em requerimento apresentado pelo deputado Carlos Veras (PT-PE). O empresário é natural de Mato Grosso, e tem forte atuação no ramo da agricultura na região.

Conhecido como “pai da soja”, Bedin é sócio de ao menos nove empresas. Em novembro de 2022, antes mesmo dos ataques às sedes dos Poderes em janeiro de 2023, Argino Bedin teve contas bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na época, o latifundiário estava entre os investigados pela organização e pelo financiamento de atos antidemocráticos que bloquearam rodovias em todo o Brasil e reuniram manifestantes golpistas em frente a quarteis generais do Exército em diversas cidades.

Acompanhe:

Na segunda-feira (2/10), a defesa de Bedin apresentou ao STF um pedido de habeas corpus para que ele não fosse obrigado a comparecer à CPMI.

O pedido foi recebido pelo ministro Dias Toffoli, que negou a solicitação e determinou que Bedin seja obrigado a comparecer ao colegiado. Na decisão, Toffoli também concedeu a Bedin o direito de ficar ao silêncio diante de perguntas que possam autoincriminá-lo.

Apoio a Bolsonaro Bedin é o patriarca de uma família influente no ramo do agronegócio em Mato Grosso. O empresário é declaradamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em setembro de 2020, ele recebeu Bolsonaro no município de Sorriso, em Mato Grosso, para o lançamento simbólico do início do plantio de soja na região.

O evento também marcou a entrega de 1.665 títulos de propriedades para produtores rurais do estado.

Em entrevista ao site O Joio e o Trigo, publicada em março de 2022, Bedin declarou voto em Jair Bolsonaro e disse que defenderia o ex-presidente “até debaixo d’água”. Oito pessoas com sobrenome Bedin doaram à campanha do ex-presidente, somando quase R$ 200 mil.

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