Como o governo de Israel promete tratar os palestinos de Gaza

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Pouco antes das 5h da manhã de hoje, horário de Brasília, o ministro da Energia de Israel, o ultradireitista Israel Katz, postou em sua conta no X, ex-twitter:

“Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhum hidrante será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os sequestrados israelenses retornem para casa. Humanitarismo pelo humanitarismo. E ninguém nos pregará moralidade.”

A Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos pobres sob bloqueio de Israel há 16 anos, é a maior prisão a céu aberto do mundo que virou uma espécie de campo de concentração.

Ali não se morre asfixiado em câmeras de gás, como morreram mais de 6,5 milhões de judeus nos campos de concentração da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Morre-se, em Gaza, de fome, de sede, de falta de luz e de balas das armas mais modernas do mundo portadas por um dos Exércitos mais poderosos do mundo, o de Israel.

O martírio dos judeus promovido por Hitler sob a indiferença das forças aliadas que o combatiam deu lugar ao martírio dos palestinos – duplo martírio, promovido por Israel e o Hamas, seu parceiro.

Violência alimenta violência. O governo de extrema-direita do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu ajudou a parir o Hamas que usa os palestinos de Gaza como buchas de canhão.

“Combatemos animais humanos, e agimos em consequência”, justifica Yoav Galant, ministro da Defesa de Israel. Nada justifica combater “animais” comportando-se como “animais”.

Os palestinos não são “animais humanos”, são apenas humanos, assim como os israelenses. Animais selvagens são os líderes do Hamas, Netanyahu e a sua gangue; eles se equiparam.

Com a criação de Israel em 1947, disseram aos palestinos que eles também teriam seu Estado. Foram enganados. O Hamas é um grupo terrorista, mas o governo de Netanyahu também é.

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