Dólar sobe a R$ 5,05 após declarações de Haddad sobre déficit zero

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Após as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre déficit zero, o dólar fechou a sessão desta segunda-feira, 30, em alta de 0,67%, cotado a R$ 5,047. Já a Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores Brasileira (B3)  fechou o dia em queda de 0,68%, com 112.531,52 pontos. Nos Estados Unidos, a Dow Jones subiu 1,58% e o S&p 500 obteve uma alta de 1,20%. Haddad concedeu entrevista nesta segunda-feira após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizar que sua gestão dificilmente conseguirá garantir que as contas públicas terminem o ano de 2024 com déficit zero, meta prevista no Projeto de Lei Orçamentária Anual. “O que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. O país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país. Eu acho que, muitas vezes, o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida. Eu sei da disposição do [Fernando] Haddad, sei da vontade do Haddad. Sei da minha disposição, mas quero dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque eu não quero fazer cortes em investimento de obras”, declarou Lula, em conversa com jornalistas na última sexta-feira, 27. Segundo o ministro, não há descompromisso da gestão petista com o orçamento. Haddad se esquivou quando foi questionado se a meta seria mantida e se irritou com algumas perguntas. ” “O que levei para o presidente foram os cenários possíveis, se tiver de antecipar medidas para 2024, eu encaminho, o meu papel é buscar o equilíbrio fiscal, farei isso enquanto estiver no cargo, não é por pressão do mercado financeiro, acredito que Brasil depois de dez anos precisa voltar a olhar para contas públicas”, afirmou. Haddad complementou que o presidente não está sabotando a meta de zerar o déficit em 2024, mas que existem dificuldades a serem contornadas por problemas de arrecadação deixados de governos anteriores. “Não há por parte do presidente [Lula] nenhum descompromisso [com a meta fiscal]. Pelo contrário, se não estivesse preocupado com situação fiscal não estaria pedindo apoio da equipe econômica para orientação do Congresso”, pontuou.

 

 

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