Eleve o Level: Piso que “limpa o ar”? Rafael Valente aponta estratégias do Grupo Civil para unir sustentabilidade e lucro

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Para o empresário Rafael Valente, mais do que iniciativas “verdes”, é preciso investir em “Inovação Ambiental”, que é a sustentabilidade aliada a retorno econômico e a valor agregado. E foi isso que fez o Grupo Civil, do qual é presidente, apostar em produtos e serviços que também ajudem o meio ambiente. Veja algumas das iniciativas da empresa:

Durante o episódio da última quarta-feira (4) do podcast Eleve o Level, apresentado por Leonardo Leão e Lilian Marins, o engenheiro trouxe sua experiência com o concreto fotocatalítico – que tem a propriedade de “limpar a poluição do ar”, através da introdução de dióxido de titânio na pasta original.

 

“Hoje, todo concreto da fábrica é fotocatalítico. A gente teve um trade-off [decisão que envolve sacrificar algo em favor de outra escolha, considerando vantagens e desvantagens de cada opção] importante, que foi: vamos desenvolver um produto verde ou vamos fazer a fábrica toda fotocatalítica? E nós conseguimos que a fábrica toda fosse. Porque nós buscamos com tecnologia, com pesquisa, com inovação encontrar soluções que não aumentassem significativamente os nossos custos”, citou como exemplo de ideias sustentáveis aplicadas no grupo, completando com outra iniciativa: “Nós lançamos esse ano piso N Carbon, que absorve gases do efeito estufa. Ele foi desenvolvido junto com a Universidade Federal, com o professor Daniel Veras”.

 

À frente do Grupo Civil, Valente é responsável atualmente pela Holding de engenharia, formada por uma construtora, uma incorporadora, uma mineradora, duas fábricas de pré-moldado e uma empresa patrimonial, dona dos prédios alugados. Filho do engenheiro Eduardo Valente, fundador da holding, ele trilhou todos os espaços da companhia até chega, há 5 anos, ao cargo de vice-presidente. Com a saída do seu pai da presidência, em setembro de 2021, abraçou o cargo mais alto da companhia.

 

Porém, não parou por aí. Também virou sócio-fundador da 3P Energia, uma das principais instaladoras de energia solar do Norte-Nordeste, e escreveu o livro “Teoria do Cone de Luz”, em plena pandemia.

 

Questionado por Lilian Marins sobre o uso constante da palavra “estratégia”, o empresário apontou alguns livros sobre o assunto que estão entre os seus preferidos, confessou que acreditou várias vezes que uma das empresas não daria certo, e revelou que “nunca tirou um real da empresa”.

 

APRENDENDO DENTRO E FORA DE CASA
Filho do fundador da empresa, Rafael explicou sua trajetória e como a sua família foi importante para a sua formação enquanto engenheiro e empresário.

 

“Meu pai viveu com doutor Norberto Odebrecht. Quando ele procurou doutor Norberto, porque meu avô era médico dele, ele respondeu: Só venha no quinto semestre, porque você tem que ter as matérias básicas’. Aí meu pai fez a mesma coisa comigo, e a gente faz a mesma coisa com os estagiários, nenhum entra antes do quinto semestre”, explicou.

 

Segundo Valente, isso permitiu que ele entrasse na Empresa Júnior da faculdade, onde aprendeu sobre planejamento estratégico, marketing e gestão.

 

Sua primeira obra foi o muro da casa do próprio pai, no condomínio Encontro das Águas. “Era um muro de pedra, com dois pedreiros e dois ajudantes. Eu me aproximei muito deles, conheci o operário de perto. Isso foi muito bom pra entender o que eles pensam, o que eles sentem e como se comunicam”.

 

A segunda obra foi acabar uma nova casa do pai, onde aprendeu mais sobre acabamento. A terceira foi a loja da própria mãe, a Essence in Home na Alameda das Espatódeas. 

 

 

MOMENTO MENTORIA
Uma mensagem do seu pai marcou a trajetória de Rafael Valente à frente do Grupo Civil: uma carta com o título “Cuidado com a Síndrome do Banco Econômico”. O alerta veio após Rafael, inspirado pela Empresa Júnior, propor uma série de projetos de capacitação.

“Ela dizia mais ou menos assim… O Banco Econômico quebrou. Eu não estudei a fundo o porquê. Mas o Banco Econômico foi uma grande escola para muitos profissionais da Bahia, muita gente boa. Aí ele falou: ‘O Banco Econômico tinha programa pra tudo. Acabava que a incorporação era mais importante que o próprio negócio’. E aí virava uma grande escola, mas não era mais um grande negócio”. Assim veio o aprendizado: a sustentabilidade da empresa está diretamente ligada à rentabilidade.

 

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