Governo diz que escola não sabia de ameaças feitas por autor de ataque

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São Paulo – O secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, disse nesta segunda-feira (23/10) que a pasta não tinha conhecimento sobre ameaças que teriam sido feitas pelo autor do atentado que matou uma adolescente de 17 anos e feriu outras duas na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital. O garoto, de 16 anos, não apresentava problemas, diz Feder.

“A escola não tinha conhecimento [sobre supostas ameaças]”, afirmou o secretário, em entrevista coletiva em frente ao colégio.

“O que a diretora falou sobre o aluno é que ele não apresentava sinais no sentido de ser um potencial agressor. As psicólogas, embora façam atendimentos coletivos e individuais nessa escola, disseram que o aluno de hoje não tinha problemas”, completou.

Segundo pais e alunos do colégio, o adolescente disse, na semana passada, que iria “matar todo mundo na escola”.

Renato Feder afirmou que o autor do ataque registrou um boletim de ocorrência por violência em ambiente escolar em abril deste ano. Meses depois, em junho, ele foi agredido por colegas dentro da sala de aula.

“A gente teve o episódio com esse aluno que foi gravado em junho. Foram chamados os pais, isso foi conversado. Foi em 22 de junho”, disse.

Segundo Feder, os envolvidos no incidente não foram encaminhados para atendimento dos psicólogos do programa Conviva porque o processo de contratação ainda estava em andamento. Os profissionais só foram designados para as escolas em agosto.

Homofobia Na entrevista coletiva, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o autor do ataque sofria bullying por ser homossexual. Segundo ele, esse pode ter sido um gatilho para o atentado.

“A gente tem que investigar mais isso, é tudo muito preliminar. Mas o que se sabe é que pode ser decorrência de bullying e homofobia”, afirmou o governador.

“Falhamos” O governador Tarcísio de Freitas reconheceu que houve alguma falha da gestão estadual que não conseguiu evitar o ataque.

“Se você me perguntar se eu tenho todas as respostas para lidar com esse tipo de situação, eu sinceramente não tenho. Ninguém quer ver alunos morrendo. Ninguém quer isso. A sensação que fica é de frustração. O governo falhou? Provavelmente, falhamos em alguma coisa. A gente não queria ter falhado”, disse Tarcísio, em entrevista coletiva em frente à escola.

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