Guerra em Israel e Gaza completa 9 dias em meio à crise humanitária

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A guerra entre Israel e o Hamas completa nove dias neste domingo (15/10). Até o momento, os ataques resultaram em mais de 3 mil mortes, colocaram a população civil da Faixa de Gaza em uma crise humanitária e, agora, vai ganhando ares de conflito regional.

No sábado (14/10), o Aeroporto Internacional de Aleppo, na Síria, foi atacado por mísseis dos caças israelenses. Os relatos foram dados pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). A força aérea do país tinha como alvo o Hezbollah. O grupo assumiu a autoria de ataques no norte de Israel no início de sábado.

Crise humanitária As Forças de Defesa de Israel determinaram, na última sexta-feira (13/10), que todos os civis que moram no norte da Faixa de Gaza deveriam deixar a região. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou ser impossível o deslocamento sem “consequências humanitárias devastadoras”.

O governo de Israel não recuou da determinação, o que levou centenas de milhares de famílias a deixarem tudo para trás e se dirigirem rumo ao sul da Faixa de Gaza. Em meio a essa mobilização, os bombardeios não cessaram.

A ordem israelense atinge mais de 1,1 milhão de palestinos. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), quase metade desse contingente é formado por crianças.

O governo de Israel, porém, indica que irá dar continuidade ao plano de invadir a região por terra. Nesse sábado (14/10), em um comunicado, as Forças de Segurança de Israel afirmaram preparar ataques por “ar, mar e terra” contra a Faixa de Gaza.

Falta de suprimentos Desde o início da mais recente escalada do conflito, em 7 de outubro, o governo de Israel tem promovido uma série de ataques a mísseis em Gaza, em retaliação ao ataque do Hamas. Tornaram-se comuns, porém, imagens de civis sendo retiradas dos escombros das próprias casas.

O conflito resultou, até o momento, em mais de 3 mil mortos. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, no lado israelense são mais de 1,3 mil óbitos. O número total de palestinos mortos passa de 2 mil.

Em entrevista à CNN americana, a porta-voz da Unicef Sara Al Hattab afirmou que a guerra já resultou na morte de 700 crianças palestinas morreram em Gaza, enquanto outras 2,4 mil ficaram feridas. Na última quinta-feira (12/10), metade dos mortos na região eram mulheres e crianças.

Os bombardeios contra a Faixa de Gaza se somam à falta de suprimentos de primeira necessidade, a partir da iniciativa de Israel ordenar um cerco total à região. Gaza tem carecido, por exemplo, de alimentos, combustíveis e remédios.

Uma das consequências da falta de combustível em Gaza se deu com a paralisação da usina termelétrica local. Não há produção de energia desde a última quarta-feira (11/10).

A falta de energia afetou, por exemplo, a usina de dessalinização de água, o que impacta no abastecimento de água potável aos palestinos de Gaza. O Unicef ainda destaca que a rede de abastecimento de água — o que inclui poços, reservatórios e usinas — foi atingida por bombardeios.

Necessidade humanitária A reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) terminou sem um acordo sobre a situação dos civis na Faixa de Gaza, em evento realizado na última sexta-feira (13/10).

Apesar disso, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira afirmou que a proposta para a criação de um corredor humanitário foi bem recebida pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Israel e o Egito entraram em consenso sobre um corredor específico para estrangeiros.

Há alguns dias, a ONU ainda condenou os recentes eventos de conflito entre Israel e o grupo Hamas, além do cerco a Gaza.

O Brasil tem defendido um corredor humanitário, por meio dos pedidos feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente de Israel. No sábado, Lula conversou com os presidentes da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do Egito, Abdel Fattah al-Sissi. Por telefone, Lula tratou da saída de brasileiros da Faixa de Gaza, e externou preocupação com os civis na região e o bloqueio de ajuda humanitária.

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