Mercado reduz projeção para inflação e PIB de 2023 pela segunda semana consecutiva

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A projeção para o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, considerado a inflação oficial do país, foi reajustada para baixo pela terceira semana consecutiva, indo de 4,65% para 4,63%. Os dados são do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 30. Com isso, o governo entra dentro intervalo de tolerância da meta inflacionária proposta para 2023, que é de 3,25%, mas pode variar de 1,5 p.p. e pode oscilar até 4,75%. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram na última semana que o IPCA ficou em 0,21% em outubro, 0,14 ponto percentual (p.p.) menor que em setembro, quando foi de 0,35%. Resultado foi influenciado pela alta nos preços das passagens aéreas, que subiram 23,75% em média e tiveram o maior impacto individual (0,16 p.p.) no índice. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses é de 5,05%, acima dos 5,00% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,16%.

Também foi alterada a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023. A mediana para a alta da atividade econômica em 2023 passou de 2,90% para 2,89%, marcando a segunda redução consecutiva. Para 2024, o relatório trouxe estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, que continuou em 1,50% na semana, mesmo patamar de um mês atrás. Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,90%, mesmo nível de quatro semanas antes. O Boletim Focus ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que se manteve em 2,00%, mesmo nível de um mês atrás. Em relação ao IPCA, para 2024, foco da política monetária, a projeção oscilou de 3,87% para 3,90%. Para 2025, a projeção continuou em 3,50%.

A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2023 foi mantida em 11,75%. A estimativa segue a sinalização mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual é o mais apropriado para as próximas reuniões. Para o término de 2024, a mediana subiu para 9,25%, enquanto a de 2025 foi para 8,75%. As expectativas para a taxa de câmbio ficaram inalteradas em R$ 5,00 para 2023 e R$ 5,05 para 2024.

 

 

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